Wednesday, March 02, 2011

ONG's tomam dinheiro da prefeitura de BH por problemas que eles mesmos criaram!!!

ONG's tomam dinheiro da prefeitura de BH por problemas que eles mesmos criaram!!!Se permitissem sacrificar os animais como sempre foi feito estes recursos poderiam estar indo para creches, educação e saúde no municipio! Ongueiros sem vergonha!!! E ainda vão ganhar mais R$ 200 mil em um convênio, será que não há nenhuma criança que precise mais desse recursos no municipio do que estes cães e gatos sarnentos?

PBH gasta R$ 5 mi ao ano para capturar animais abandonados e devolvê-los às ruas

Luciane Evans -

Publicação: 20/01/2011 06:34 Atualização: 20/01/2011 13:47

Na Sociedade Mineira Protetora dos Animais, voluntários como Gabriela Braga cuidam de cerca de 700 cachorros e não há mais vagas (Jair Amaral/EM/D.A Press)
Na Sociedade Mineira Protetora dos Animais, voluntários como Gabriela Braga cuidam de cerca de 700 cachorros e não há mais vagas
Sem um abrigo municipal que possa acolher quase 30 mil cães abandonados em Belo Horizonte, os ditos “melhores amigos” do homem transformaram-se em um desafio que queima recursos públicos, deixa milhares de animais entregues à própria sorte e não tem solução à vista. A prefeitura não dispõe de lugar para receber os cachorros, tampouco planeja criar um; a Sociedade Mineira Protetora dos Animais, organização não governamental que é referência para o acolhimento, já conta com quase 700 indivíduos à espera de adoção e não tem mais vaga. Proibida de sacrificar injustificadamente os bichos capturados, a administração municipal adotou uma política que, embora custe R$ 5 milhões ao ano, devolve o problema para as ruas. Os cães são recolhidos e examinados. Os contaminados por leishmaniose vão para o sacrifício; os sadios recebem vacina contra a raiva e um chip. Depois, são soltos.

“Antes eles matavam; agora, abandonam”, critica a promotora de Meio Ambiente de BH, Lilian Marotta, lembrando que, até 2006, a prefeitura recolhia e sacrificava os cães de rua. Depois de uma briga judicial, que envolveu entidades de defesa dos animais e o Ministério Público, o extermínio foi proibido, mas outro problema surgiu: “O poder público está concentrado na saúde humana, no controle de leishmaniose. Não há uma política pública que tente solucionar o abandono. Não há uma promoção da prefeitura para a adoção nem sequer um abrigo para acolher esses bichos” aponta.

Para piorar, quem quer entregar um cão ou gato para adoção esbarra em outro entrave: lotada, a Sociedade Mineira Protetora dos Animais tem cobrado R$ 200 dos donos que optam por entregar seus bichos. O impasse tem deixado muitos belo-horizontinos de mãos atadas. Douglas da Silva está nessa situação há um ano. Dono de um cocker há seis anos, Douglas se viu obrigado a doar o cão depois que descobriu que seu filho, de 2 anos, era alérgico. “A prefeitura não tem um espaço e não tenho condições de pagar R$ 200 para uma ONG. As outras organizações também dizem que não há vagas. Não tenho coragem nem vou abandoná-lo na rua, muito menos sacrificá-lo”, relata. Por motivo diferente, a família de Pablo Gabriel Viana enfrenta problema semelhante: há cinco meses tenta entregar a vira-lata Preta a algum órgão que possa cuidar dela, que está muito doente. “Nosso medo é de que a doença possa contaminar os outros cães da casa ou até mesmo a própria família”, diz Pablo.

Despesa

Desde que foi proibido de sacrificar cães abandonados, o Centro de Zoonoses de BH os recolhe de áreas com alto índice de casos de leishmaniose. Eles são levados para o centro, no Bairro São Bernardo, na Região Norte, e submetidos ao teste para a doença. “Caso o resultado seja positivo, fazemos a eutanásia”, conta o secretário municipal-adjunto de Saúde, Fabiano Pimenta. Caso dê negativo, é implantado em cada indivíduo um microchip contendo informações sobre sua saúde. Depois, ele é vacinado contra raiva e castrado. “Em seguida, fica para a adoção, no Centro de Zoonoses, durante 15 dias. Se não aparecer um dono, volta para a rua”, conta Pimenta. A manutenção do centro custa aos cofres públicos R$ 5 milhões por ano, sem contar os salários dos funcionários. “Só para a implantação do chip são R$ 250 mil anuais.”

O índice de retorno de cães e gatos para as vias da cidade é bem maior do que a possibilidade de eles encontrarem um lar. São atualmente, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), 288,7 mil cães e 38,7 mil gatos em BH. Destes, estima-se que 10% estejam nas ruas. No ano passado, 10.568 cães sadios foram recolhidos, castrados e entregues à adoção. Destes, 3.170 conseguiram um lar e 7.398 voltaram para as ruas. Os doentes, que foram sacrificados, representam 40% do total de 17.613 cachorros recebidos no Centro. Ou seja, mais de 7 mil foram mortos.

Os R$ 200 cobrados pela Sociedade Mineira Protetora dos Animais para donos que queiram entregar seus companheiros, segundo conta a presidente da ONG, Leilane Lopes, destinam-se a manter o abrigo funcionando. “Não recebemos nenhum recurso da prefeitura”, diz. Quando cães ou gatos de rua estão machucados ou doentes e não têm dono, a ONG os recolhe. Por semana, segundo ela, são recebidos cerca de 30 animais, dos quais oito são adotados. “Nossa despesa é alta. Apesar da ajuda de voluntários, temos funcionários para pagar. Contamos com o trabalho de veterinários. Recebemos doações de comida, mas já estamos no limite”, afirma. Para a promotora Lilian Marotta, esse tipo de problema não pode ser um ônus para as entidades: é responsabilidade do poder público.

A única solução prevista para o desafio – que envolve também a consciência de quem decide criar um animal, além de representar uma ameaça à saúde pública – é um convênio entre a prefeitura e uma ONG (cujo nome ainda não foi divulgado), no valor de R$ 200 mil, a ser formalizado neste semestre. “O objetivo do acordo é realizar ações de mobilização e feiras de adoção. Além disso, vamos criar centros de zoonoses na cidade. Hoje, temos nas regiões Oeste e Noroeste e uma unidade móvel. Queremos implantar nas regiões Leste e Nordeste”, diz o secretário-adjunto Fabiano Pimenta.

2 comments:

KKDragonLord said...

A prefeitura Castra os animais antes de encaminhá-los a outros lugares e desta forma impede que os animais se multipliquem, os animais de rua castrados ocupam o espaço que animais reprodutiveis ocupariam e desta forma a multiplicação é reduzida, o sacrificio de animais nunca solucionou o problema antes, existem diversos estudos sobre isso e esta é uma política adotada nas cidades mais avançadas.

Eng. Agr. Rafael Salerno said...

Estes animais castrados de volta as ruas continuam sendo transmissores de doenças e consumidores de todo tipo de fauna nativa. Dezenas de pessoas estão morrendo ou sofrendo com leishmaniose graças a essa irresponsabilidade das autoridades em conviver com estas pragas