Friday, December 31, 2010

Javalis comendo carniça

Um amigo do Triângulo Mineiro disse que um trabalhador da fazenda de um amigo disse ter visto uma "anta" comendo a carniça de uma rês...provavelmente na verdade era um Javali macho grande (barrão) a ponto de ser confundido com uma anta...


Thursday, December 30, 2010

LÁ SE VÃO SEIS ANOS...

EXCLUSIVO: Temporada de caça no Rio Grande do Sul será aberta amanhã


O presidente da Federação Gaúcha de Caça e Tiro, Lúcio Flávio Sesti Paz, é um homem acostumado aos embates. Defensor inabalável da caça amadora, atividade que leva muita gente a torcer o nariz, ele convive rotineiramente com o que classifica como “preconceito”. Suas entrevistas à imprensa são sempre permeadas por questionamentos, que ele rebate de forma serena, contra-argumentando um a um. Amanhã, com a abertura de mais uma temporada de caça no Rio Grande do Sul, seguramente Lúcio Flávio vai ter de voltar a aquecer o discurso.

A Federação Gaúcha de Caça e Tiro tem 48 clubes filiados, quase todos do Rio Grande do Sul, único estado brasileiro onde a atividade é regulamentada. Mas figuram no quadro dois clubes “forasteiros” – um do Rio de Janeiro; outro, de São Paulo -, já que nada impede pessoas de outros estados de irem visitar o extremo sul do país em busca do que consideram uma emoção.

A portaria do Ibama vai liberar a caça de três espécies de marrecos, de duas espécies de pombas e de perdizes. É um momento aguardado ansiosamente pela comunidade de 1.500 a 2.000 caçadores cujas licenças são entregues pela Federação. O processo de licenciamento anual custa a cada interessado algo em torno de R$ 750. São R$ 300 recolhidos ao Ibama, para dar um fôlego à fiscalização da atividade; R$ 375 repassados à Fundação Zoobotânica – órgão estadual que responde pelas pesquisas de fauna -; mais R$ 50 para a renovação anual do registro de caçador feito no Exército e R$ 20 por cada guia de tráfego de cada arma enumerada no registro de caçador.

Como se vê, enquanto a caça ilegal geralmente viceja no meio de pessoas ignorantes, a caça amadora reúne em torno de si uma casta razoavelmente abonada, de profissionais liberais a executivos, que encontra divertimento onde as Sociedades Protetoras dos Animais só vêem barbárie.

Rebatendo esse entendimento, Lúcio Flávio é taxativo ao posicionar sua atividade como extremamente benéfica à fauna de um modo geral. Isso porque as pesquisas empreendidas pela Fundação Zoobotânica subsidiam um manejo correto dos animais que, aliado à fiscalização por parte do Ibama e à organização da comunidade caçadora, acabaria por protegê-los. “Temos a segurança de que não prejudicamos espécie nenhuma”, diz o presidente da Federação Gaúcha de Caça e Tiro, lembrando que os recursos alocados no processo de licenciamento se revertem para a conservação de espécies, essas sim, sob risco de extinção. “Aqui temos mais animais do que em muitos estados onde a caça é proibida”, garante.

Outro aspecto levantado por ele é o financeiro. Lúcio Flávio acredita que um dos meios para se conseguir preservar a natureza é atribuir um valor econômico a ela. Idealismos à parte, de fato é bem mais fácil que um fazendeiro deixe intacta uma área de banhado, se conseguir fazer dinheiro com ela através da caça. Descartada tal possibilidade, corre-se o risco de que ele simplesmente a aterre para o cultivo de alguma lavoura.

Mas o que leva homens cultos a se comprazerem em abater seres vivos a tiros? “A caça me emociona”, diz Lúcio Flávio. A atividade desperta o instinto humano de desafiar o animal caçado. Não por outro motivo, até no site da Federação está explícito que “o caçador ético sabe os limites de sua arma e de sua habilidade de tiro e sempre tentará um tiro limpo”.

“Não há nenhuma ilegalidade em atirar em um javali correndo a 300 metros, em um pato voando a 70 metros de altura, em uma perdiz no chão, em uma pomba pousada ou em um marreco nadando. Mas é certamente antiético, e apenas um pobre esportista faria tais coisas”, coloca o site que, ao usar a palavra “esportista”, contradiz a preferência de Lúcio Flávio, para quem caça não é esporte, devido a ausência de um caráter competitivo, de ver quem caça mais.

O medir forças com o animal caçado implica necessariamente em dar-lhe chance de fuga, o que, justiça seja feita, não acontece com os milhares de suínos, bovinos e aves abatidos diariamente para chegar às panelas de gente por todo o Brasil. “O caçador ético crê em perseguição justa e nunca toma vantagem desonesta na caçada, por exemplo usando aeronaves e veículos. O caçador ético nunca abate além dos limites permitidos”, prega o site da Federação Gaúcha de Caça e Tiro.

O caso merece reflexão. É de se pensar qual seria mesmo a distinção entre comer uma ave caçada ou um boi sangrado no matadouro, salvo a diferença óbvia de, no primeiro caso, o gourmet ter sido o responsável direto pela morte do prato principal. “O homem está no topo da cadeia alimentar”, diz Lúcio Flávio. “Não dou um tiro em animal que eu não coma”.

Mesmo contrariando grande parte dos ambientalistas de todo o planeta, a caça legal é uma atividade aceita no mundo todo. Só nos Estados Unidos, há 17 milhões de praticantes. Na vizinha Argentina, pelo menos 80 fazendas vivem exclusivamente dessa atividade, atraindo turistas europeus e norte-americanos interessados em dar seus tiros em terras portenhas. Apesar de tímido, o negócio é razoável também no Rio Grande do Sul, onde a movimentação financeira gerada pela caça legal, a cada ano, chega a R$ 1,5 milhão.

Atualmente, o Ibama no Rio Grande do Sul estuda a possibilidade de liberar permanentemente a caça ao javali. A espécie não é nativa do estado: foi introduzida por europeus no sul da Argentina, chegou ao sul do Brasil e lá encontrou alimentação à vontade. Na falta de onças – um predador natural –, a população de javalis se reproduz rápida e incontidamente, devastando as lavouras da região. “O papel básico do caçador é o de conservar o meio ambiente, usufruindo da fauna sem acabar com ela”, resume Lúcio Flávio.

Mas nenhum de seus argumentos convence, por exemplo, o presidente da Associação Pró-Direitos dos Animais do Rio Grande do Sul, Airton Marcolino. “Jamais vou concordar com isso”, diz ele. “Para mim, nada justifica matar, nem que seja um rato”.

Alheia a reclamações, a temporada de caça no Rio Grande do Sul prossegue até o final do mês de agosto.

"Se a caça e a pesca fossem regulamentadas e bem fiscalizadas, o país lucraria e os animais estariam protegidos, assim como a floresta"

O VALOR DO VERDE

Especial Revista VEJA:

A experiência de outros países mostra
que há soluções racionais para a exploração da mata

João Sorima Neto

Hotel Ariaú:
dólares que
vêm de fora
Foto: Oscar Cabral

A região amazônica tem um potencial econômico que vem sendo sistematicamente desprezado pelos empresários e pelo governo, num desses casos de cegueira geral difíceis de entender. Nessa região silvestre, que é a maior e uma das mais belas do mundo, os hotéis são ruins e escassos, o turismo é uma atividade marginal, menos importante do que a extração predatória de madeira, e as atividades capazes de preservar a mata e gerar renda, como a caça e a pesca esportivas, são inexistentes. As reservas minerais da região são enormes e poderiam ser exploradas sem que se arrasasse a terra, com o uso de tecnologias modernas de mineração, mas é o garimpo desorganizado e poluidor que predomina. A pesca comercial, óbvia vocação da Amazônia, está sendo prejudicada pelo desmatamento das várzeas, e não há providências para evitar essa devastação.

O fato é que se pode preservar a Amazônia sem devastá-la, mas só agora essas opções começam a ser discutidas a sério, e mesmo assim entre grupos pequenos de ecologistas e funcionários do governo. "Até hoje, a premissa para explorar economicamente a Amazônia era a derrubada da mata. Há alternativas inteligentes, que precisam ser testadas", diz Garo Batmanian, um professor de ecologia, diretor executivo do WWF, o fundo mundial para a natureza, uma das mais importantes ONGs ecológicas.

Pesca do tucunaré
e japoneses nos rios
da Amazônia: o turismo
é a melhor opção
Foto: Roberto Jayme
Foto: Samuel Iavelberg

A opção mais evidente é o turismo ecológico, modalidade de viagem que está na moda entre turistas americanos, japoneses e europeus, que já se cansaram de fotografar a Torre Eiffel. No ano passado, o ecoturismo movimentou 260 bilhões de dólares, dinheiro gasto em caminhadas pelo Himalaia, passeios em lombo de camelo no norte da África, visita a crateras de vulcão na ilha de Bali. As viagens ecológicas estão crescendo e agora se abre uma oportunidade única para o Brasil. Os ecoturistas mostram-se interessados como nunca em selvas tropicais. A Amazônia é a maior delas, mas o turismo na região é pífio. No ano passado, turistas estrangeiros gastaram 2,3 bilhões de dólares no Brasil, mas apenas 3% dessa quantia foi despendida em passeios pela natureza, divididos entre Pantanal, Amazônia e parques nacionais como o de Iguaçu, no Paraná.

É incrível, mas só nas selvas da Costa Rica, país da América Central quase do tamanho do Estado do Espírito Santo, o ecoturismo rendeu 600 milhões de dólares no ano passado. É a mata preferida dos americanos. Calcula-se que a Amazônia, 98 vezes maior do que a Costa Rica, tenha recebido apenas 40 milhões, 7% do dinheiro endereçado à Costa Rica. "Por ignorância e descaso, estamos desperdiçando uma fortuna", diz Allan Humberto de Mello, diretor do World Trade Center, rede mundial de hotéis destinada a conferências e encontros. O novo projeto brasileiro da rede é instalar um hotel em Manaus. São dois os atrativos. A capital do Amazonas fica a apenas cinco horas de vôo de Miami e, nas horas vagas, os conferencistas podem relaxar em passeios pela floresta.

Foto: Antonio Milena
Exploração de petróleo e gás natural da Petrobrás no Amazonas: poucos danos à natureza

Para o seu território de 5 milhões de quilômetros quadrados, a Amazônia é servida por apenas dezessete hotéis dedicados ao ecoturismo, a maioria montada nos últimos anos. "É muito pouco. Há espaço para instalar outros trinta hotéis, desde que seja feita uma boa divulgação dos atrativos que a floresta oferece", diz Roberto Mourão, consultor em ecoturismo e presidente da Associação Brasileira de Ecoturismo. Está aí uma sugestão para um governo que aprecia interferir nas atividades econômicas. No passado, ele deu subsídios para que empresários passassem o serrote na selva e montassem grandes fazendas. Isso ocorreu na década de 70 e pelo menos 300 dessas fazendas tomaram o lugar da mata. Em subsídios para desmatar a floresta foram gastos 7,5 bilhões de dólares na época, de acordo com um estudo do Ipea. Foi um fracasso, pois só 20% dos colonos transportados para a região permanecem lá. Agora, se é o caso de continuar subsidiando a Amazônia, que se pense num programa agressivo de estímulo ao turismo.

A segunda boa opção econômica para a floresta é manejar aquilo que ela tem de melhor. Além de suas árvores e igarapés, é um manancial de bichos e peixes. Aí está um esporte que anda na moda. Nos Estados Unidos, a pesca esportiva movimenta 24 bilhões de dólares por ano, com 60 milhões de pescadores licenciados. Só para comparar, o comércio de madeiras nobres em todo o mundo rende apenas 10 bilhões por ano. Portanto, dá perfeitamente para substituir o corte de madeira por outra atividade não predatória. As toras de mogno e maçaranduba não farão falta à economia brasileira. A pesca esportiva está na moda também no Brasil. Segundo a Embratur, há cerca de 6 milhões de pessoas que pescam por esporte e a turma se multiplica numa velocidade de 30% ao ano.

A caça também pode produzir dinheiro sem estragar a floresta nem a despovoar. Aliás, caça e pesca esportiva são usadas atualmente para preservar os peixes e animais, porque são feitas dentro de normas estritas. Não se pode pescar filhotes ou peixes em época de reprodução, e a caça esportiva é manejada para que o rebanho não seja ameaçado. Além disso, governos que fiscalizam essas atividades direito cobram pelo peixe ou pelo animal abatido. Quem quiser caçar um elefante no Quênia ou na Tanzânia terá de pagar até 100.000 dólares, dinheiro que reverte para a preservação da floresta, dos animais e das tribos que vivem da mata. Nos campos de caça da Argentina, um cervo sai por 2.000 dólares.

As pessoas sensíveis normalmente discordam desse esporte pela sua crueldade, mas o fato é que ele contribui para a preservação das espécies. Os perus selvagens americanos foram salvos da extinção graças a esse método. No Quênia, onde se pode caçar legalmente elefantes, a população desse mamífero cresceu tanto que chegou a criar problemas. O Brasil não fiscaliza a caça e a pesca com eficiência nem tira nenhuma vantagem econômica ou ecológica desse descaso. O resultado é que a fauna da Amazônia está sendo sangrada por piratas que matam o bicho pela sua pele ou o exportam vivo para outros países. Uma jaguatirica, que se pode comprar por 100 dólares na Amazônia, é vendida clandestinamente nos Estados Unidos e na Europa por 5.000 dólares. Um papagaio rende ao contrabandista até 2.000 dólares. Estima-se que o tráfico de animais silvestres no país movimente 1,5 bilhão de dólares por ano. O cálculo é da Traffic, uma ONG especializada no assunto. "Se a caça e a pesca fossem regulamentadas e bem fiscalizadas, o país lucraria e os animais estariam protegidos, assim como a floresta", diz Ricardo Freire, presidente da Associação Brasileira de Conservação, a ONG dos caçadores.

A Amazônia está sendo atacada por formas de atividades econômicas irresponsáveis, que sugam a riqueza da selva sem repor nada no lugar. Uma dessas atividades é o garimpo desorganizado, que produz pouco dinheiro, dilapida a mata e polui os rios com mercúrio, para amalgamar pepitas pequenas de ouro. É uma pena que não se explore o subsolo amazônico de forma racional. Ele é riquíssimo. No Pará, existem jazidas conhecidas de 150 toneladas de ouro, 18 bilhões de toneladas de ferro e cobre. Há reservas de cassiterita, nióbio, petróleo e gás. Com os equipamentos mais modernos, é possível retirar tudo isso deixando cicatrizes mínimas na mata. A Vale do Rio Doce e a Petrobrás já usam esses métodos. A riqueza mineral da Amazônia ficou abandonada por décadas porque a legislação proibia que estrangeiros a explorassem. No ano passado, a lei foi modificada e o governo pretende conceder as jazidas. Boa notícia para a Amazônia.

Wednesday, December 29, 2010

Aprenda preparar uma paleta de javali

Javalis atacam plantações de milho em São Paulo

28/08/08 - 21h25 - Atualizado em 28/08/08 - 21h25

Fonte: http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL740871-10406,00-JAVALIS+ATACAM+PLANTACOES+DE+MILHO+EM+SAO+PAULO.html

No Vale do Paranapanema, divisa de São Paulo com o Paraná, espigas são comidas e plantações inteiras pisoteadas.

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Produtores rurais do interior de São Paulo estão contando os prejuízos na colheita do milho e a culpa não foi do clima.

Basta andar pelas lavouras e ver o estrago causado na produção. "Eu cheguei a contar 18, depois veio um bando atrás correndo", contou um homem.

No Vale do Paranapanema, divisa de São Paulo com o Paraná, os milharais são os alvos preferidos do ataque. Espigas comidas e plantações inteiras pisoteadas são cenas comuns.

Para diminuir o prejuízo, os fazendeiros tentam espantar o intruso. Os javalis são bichos ariscos e agressivos. Eles têm faro aguçado e detectam a presença de humanos de longe. Alguns podem pesar mais de 100 quilos e é à noite que eles atacam as lavouras.

Imagens mostram os animais vasculhando as roças de milho, principal fonte de alimentação deles. Na região, os produtores estimam que haja pelo menos 300 bichos soltos. "Cada ano que passa, o ataque vem aumentando", garante um homem.

Originário da Europa, Ásia e África, o javali foi levado para o Uruguai e Argentina e cruzado com porcos.

O ‘javaporco’, como ficou conhecido, não teve sucesso comercial e eles acabaram abandonados pelos criadores. Os animais passaram a fronteira do Rio Grande do Sul e agora estão migrando.

"Nós não temos grandes felinos aqui, então nós não temos predador natural", explica um homem.

O produtor rural Laurentino Assmann conta que já teve prejuízo. "Eu gastei de rojão mais de R$ 1 mil aqui, foram 60 noites: frio, chuva, eu andando de trator em volta dessa roça soltando rojão, senão tinha acabado com o meu milho".

Por causa dos ataques, os produtores rurais pediram ajuda ao Ministério Público para que o Ibama libere a caça do animal. Em Itápolis, outro município paulista que teve o mesmo problema, o abate foi autorizado.

Foto de um javali macho jovem de 180kg abatido a 40km de Sete Lagoas/MG

Tuesday, December 28, 2010

França convoca caçadores para controlar população de javalis

Publicada em 28/12/2010 às 17:05

França convoca caçadores para controlar população de javalis

BBC

http://extra.globo.com/mundo/plantao/2010/12/28/franca-convoca-cacadores-para-controlar-populacao-de-javalis-923374610.asp

A França está convocando caçadores para abater javalis que estão causando danos às plantações do país.

Só no ano passado, estes animais causaram mais de 20 mil acidentes nas estradas do país. Apenas no inverno passado, os caçadores mataram 560 mil javalis, um recorde no país e dez vezes mais do que se matava há 30 anos.

E, além dos prejuízos em fazendas, nos últimos anos, os javalis têm invadindo áreas como cidades e jardins.

Com isso, o governo francês liberou a caça ao javali durante o ano todo, em áreas suburbanas e rurais, durante o dia e a noite.

Antes, a caça ao javali era restrita a certas épocas do ano, assim como todos os outros tipos de caça.

População

População de javalis aumentou muito em vários países da Europa

Ainda não se sabe a razão para o aumento do número de javalis, mas acredita-se que uma das causas seria o clima mais ameno dos últimos anos.

Dorine Pasqualini, especialista do Departamento Florestal da França, afirma que quando as fêmeas estão com um ano de idade, elas já podem ter filhotes, o que antes só acontecia quando elas chegavam aos dois anos de idade. Ou seja: as fêmeas agora têm mais filhotes e mais cedo.

Outra causa seria o plantio generalizado de milho, algo que os javalis adoram. Com isso, o prejuízo dos fazendeiros chega a milhares de euros por ano.

Existe ainda outro problema: o número de caçadores está diminuindo na França.

Na região da Alsácia, no leste da França, as associações de caçadores investiram em um local de treinamento de tiro para encorajar os futuros caçadores de javali.

A maioria dos caçadores da região é de pessoas ricas com mais de 50 anos. Mas, com os centros de treinamento, as associações agora querem conquistar os mais jovens para a guerra contra o javali.

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França declara guerra contra os javalis mas sofre por falta de caçadores

O mesmo está acontecendo nos EUA, Austrália, Nova Zelândia e pode ocorrer no BR em pouco tempo...

Rede BBC de Londres destacou esta semana no noticiário a expansão e descontrole da população de Javalis na França, cientistas e autoridades não conseguiram ainda identificar o motivo da expansão da população mas atribuem como causa a falta de invernos mais rigorosos que pudessem restringir a reprodução destes animais ao longo do ano.

Só para esclarecer: A França é um país menor do que o estado de Minas Gerais e possui uma população muito urbana totalizando mais de 60 milhões de habitantes, ou sejá haveria pouco espaço rural para expansão destes animais...no entanto foram abatidos 560 mil animais em 2009 e as populações seguem crescendo, sendo registrados mais de 20 mil acidentes veiculares devido a colisões com estes animais.

E no Brasil que é um país muito menos urbano e populoso, o que estará ocorrendo dentro de poucos anos? Já existem diversas áreas de preservação como reservas indigenas e parques infestados com estes animais que já encontram-se em diversos estados...há dois registros oficiais de pessoas mortas em ataques e mais estão por vir. O que o IBAMA está fazendo a respeito???

Abaixo os links para os videos e as reportagens:

Video:
Wild boar numbers are a challenge to French authorities

Reportagem:
French hunters urged to declare war on the boar

Brasil: Ataques de javalis prejudicam produção rural em diversas partes do país

Tuesday, December 21, 2010

Proposta ao IBAMA para regulamentação da caça no Brasil

Plano de Manejo de Fauna Cinegética

A caça esportiva é responsável por meio do pagamento de licenças e outras taxas, pela maior parte dos recursos dos programas de conservação de fauna por todo o mundo. Milhões de hectares de vegetação nativa original são hoje protegidos por particulares para prática de caça esportiva que se prova ser uma prática sustentável de exploração do meio ambiente.

No Brasil a regulamentação da pesca amadora e conseqüente adoção das licenças de pesca geraram a formalização de diversos empreendimentos e milhões de reais em impostos e taxas que seguramente estiveram disponíveis para ampliar os esforços de fiscalização dos nossos recursos hídricos, no entanto a não regulamentação da caça tem propiciado a pratica de caça ilegal e predatória e faltam recursos para fiscalização e para programas de pesquisa e conservação.

No Brasil a Lei 5.197 em seu artigo 6 determina que o poder público deva estimular tanto a instalação de criadouros de animais silvestres quanto à formação clubes e associações para a prática de caça e tiro ao vôo, a instalação de criadouros de animais silvestres em especial com a finalidade de animais ornamentais doméstico têm crescido muito nos últimos anos, porém o poder público tem se ausentado em cumprir a determinação de estimular a pratica da caça em seu caráter associativo como determinado em lei.

Para tal este presente texto serve como proposta para que o IBAMA publique uma Instrução Normativa e de que seja adotada no Brasil a ferramenta do Plano de Manejo de Fauna Cinegética a exemplo do que ocorre em outros países e mais ainda a exemplo do que vem sendo aplicado nas regiões Norte e Centro-Oeste com a adoção dos Planos de Manejo Florestal.

Atualmente no Brasil um Plano de Manejo Florestal implica na execução de um inventário florestal por meio de um responsável técnico, e conseqüente proposta de exploração de produtos e subprodutos florestais em um ciclo de rotação de áreas a ser registrado em órgão competente. Como tal um Plano de Manejo de Fauna Cinegética deveria consistir de um inventário de fauna com potencial cinegético consistindo de mamíferos e aves não ameaçadas de extinção e não protegidas por leis e tratados internacionais, como perdizes, jacus, pombas, pacas, tatus, capivaras, catetos, cervídeos e felinos, além de propor também o abate de possíveis animais exóticos invasores encontrados naquela área como javalis, lebres e búfalos. Somente o registro destes inventários já seria um enorme ganho na conservação de fauna brasileira, pois quem não conhece o que tem não tem como conservar.

Este plano irá conter a estimativa da população de cada animal de interesse cinegético e uma proposta especifica de quantidade e época de abate. Seria estimulada a inclusão na proposta da descrição de medidas de controle e promoção ambiental como a preservação de rios e nascentes, criação e manutenção de refúgios de fauna, bem como geração de alimentos dentro das características alimentares destes indivíduos.

Quando uma espécie silvestre for ausente da propriedade será também facilitada à aquisição de animais de criadouros ou de Centro de Triagem do IBAMA para reintrodução desta espécie nativa naquele ambiente

Exército e Policia Federal são responsáveis pela fiscalização e cumprimento da legislação referente a armas de fogo quando utilizadas, o uso de armas que não as de fogo ou de baixo poder de fogo como arcos, bestas e espingardas de pólvora com carregamento pelo cano pode e deve ser estimulado por meio de preços diferenciados de licença a exemplo do que ocorre em outros países e com nossas licenças de pesca embarcada e de barranco.

Este documento seria registrado no órgão ambiental estadual e o órgão federal poderia emitir as licenças de caça nos mesmos moldes da emissão das licenças de pesca.

Medidas semelhantes fizeram que a população de veados “white-tail” que estava em 500 mil indivíduos no inicio do século passado nos EUA subirem para números que hoje ultrapassam os 20 milhões de indivíduos, outras populações conseqüentemente se expandiram como as onças pardas, os perus nativos e outros animais, somente uma regulamentação pró-ativa poderá promover a nossa fauna pois o que podemos ver é que a maneira atual não está tendo muito sucesso.

Para concluir após a regulamentação da pesca amadora no Brasil houve uma grande expansão do segmento com crescimentos anuais na ordem de 30% e o SEBRAE estima que o faturamento conjunto da cadeia supere a cifra de um bilhão de reais gerando milhões em impostos e taxas, sustentando milhares de empregos diretos e indiretos, e gerando também divisas por meio de turistas estrangeiros que vêm ao Brasil por esta modalidade de turismo sustentável. Não há razões para que a caça esportiva não possa fazer o mesmo e que juntas a caça e a pesca não possam fazer ainda mais por nosso país tanto pela conservação do meio ambiente quanto pela economia.

Meus mais sinceros votos de que nós brasileiros possamos fazer uso correto e sustentável de nossos recursos naturais e em especial utilizando os exemplos de sucesso que já estão presentes no mundo.

Sucesso a todos,


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Eng. Agr. Rafael Salerno
Nova Safra Consultoria e Participações
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