Sunday, October 31, 2010

Campeões do desmatamento



Há 8 mil anos, o Brasil possuía 9,8% das florestas mundiais. Hoje, o país detém 28,3%. Dos 64 milhões de quilômetros quadrados de florestas existentes antes da expansão demográfica e tecnológica dos humanos, restam menos de 15,5 milhões, cerca de 24%. Mais de 75% das florestas primárias já desapareceram. Com exceção de parte das Américas, todos os continentes desmataram, e muito, segundo estudo da Embrapa Monitoramento por Satélite sobre a evolução das florestas mundiais.

A Europa, sem a Rússia, detinha mais de 7% das florestas do planeta e hoje tem apenas 0,1%. A África possuía quase 11% e agora tem 3,4%. A Ásia já deteve quase um quarto das florestas mundiais, 23,6%, agora possui 5,5% e segue desmatando. No sentido inverso, a América do Sul que detinha 18,2% das florestas, agora detém 41,4% e o grande responsável por esses remanescentes, cuja representatividade cresce ano a ano, é o Brasil.

Se o desflorestamento mundial prosseguir no ritmo atual, o Brasil – por ser um dos que menos desmatou – deverá deter, em breve, quase metade das florestas primárias do planeta. O paradoxo é que, ao invés de ser reconhecido pelo seu histórico de manutenção da cobertura florestal, o País é severamente criticado pelos campeões do desmatamento e alijado da própria memória.

Na maioria dos países, a defesa da natureza é um fenômeno recente. No Brasil, vem de longa data. Desde o século 16, as Ordenações Manuelinas e Filipinas estabeleceram regras e limites para exploração de terras, águas e vegetação. Havia listas de árvores reais, protegidas por lei, o que deu origem à expressão “madeira-de-lei”. O Regimento do Pau Brasil, de 1605, estabeleceu o direito de uso sobre as árvores, e não sobre as terras. As áreas consideradas reservas florestais da Coroa não podiam ser destinadas à agricultura. Essa legislação garantiu a manutenção e a exploração sustentável das florestas de pau-brasil até 1875, quando entrou no mercado a anilina. Ao contrário do que muitos pensam e propagam, a exploração racional do pau-brasil manteve boa parte da mata atlântica até o final do século 19 e não foi a causa do seu desmatamento, fato bem posterior.

Em 1760, um alvará real de Dom José I protegeu os manguezais. Em 1797, uma série de cartas régias consolidou as leis ambientais: pertencia à Coroa toda mata à borda da costa, de rio que desembocasse no mar ou que permitisse a passagem de jangadas transportadoras de madeiras. A criação dos Juizes Conservadores, aos quais coube aplicar as penas previstas na lei, foi outro marco em favor das florestas. As penas eram de multa, prisão, degredo e até pena capital para os incêndios dolosos. Também surgiu o Regimento de Cortes de Madeiras, com regras rigorosas para a derrubada de árvores, além de outras restrições à implantação de roçados.

Em junho de 1808, Dom João VI criou a primeira unidade de conservação, o Real Horto Botânico do Rio de Janeiro, com mais de 2.500 hectares, hoje republicamente reduzido a 137 hectares. Uma ordem, de 9 de abril de 1809, deu liberdade aos escravos que denunciassem contrabandistas de pau-brasil e o decreto de 3 de agosto de 1817 proibiu o corte de árvores nas áreas das nascentes do rio Carioca. Em 1830, o total de áreas desmatadas no Brasil era inferior 30 mil km2. Hoje se corta mais do que isso a cada dois anos. Em 1844, o ministro Almeida Torres propôs desapropriações e plantios de árvores para salvar os mananciais do Rio de Janeiro. Em 1861, pelo Decreto Imperial 577, de Dom Pedro II, foi criada (e plantada) a Floresta da Tijuca.

A política florestal da Coroa portuguesa e brasileira logrou, por diversos mecanismos, manter a cobertura vegetal preservada até o final do século 19. O desmatamento brasileiro é fenômeno do século 20. Em São Paulo, Santa Catarina e Paraná, a marcha para o oeste trouxe grandes desmatamentos. As florestas de araucárias foram entregues pela Ré-pública aos construtores anglo-americanos de ferrovias, juntamente com as terras adjacentes.

Na Amazônia, a maior ocupação ocorreu na segunda metade do século 20 com migrações, construção de hidroelétricas, estradas e outras obras de infra-estruturas. Há 30 anos, o desmatamento anual varia de 15 mil a 20 mil km2 em 1995 e 2003. Nos últimos dois anos, passou a 11 mil km2, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Apesar de generalizações equivocadas, o desmatamento brasileiro não produziu desertos. Como na Europa, as florestas cederam lugar à agricultura moderna e competitiva, à pecuária, às florestas plantadas (Seringa, café, eucalipto, laranja, teca...) e às cidades. O Brasil é um líder agrícola mundial.

O estudo da Embrapa indica que, apesar do desmatamento dos últimos 30 anos, o Brasil é um dos países que mais mantêm sua cobertura florestal. Dos 100% de suas florestas originais, a África mantém hoje 7,8%, a Ásia 5,6%, a América Central 9,7% e a Europa – o pior caso do mundo – apenas 0,3%. Embora se deva mencionar o esforço de reflorestar para uso turístico e comercial, não é possível ignorar que 99,7% das florestas primárias européias foram substituídas por cidades, cultivos e plantações comerciais.

Com invejáveis 69,4% de suas florestas primitivas, o Brasil tem grande autoridade para tratar desse tema ante as críticas dos campeões do desmatamento mundial, como tem proclamado o ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes. Há que ter também responsabilidade para reavisar, por meio de políticas e práticas duradouras, a eficácia das medidas históricas de gestão e exploração que garantiram a manutenção das florestas primárias brasileiras.

Evaristo Eduardo de Miranda
Doutor em Ecologia, é chefe geral da Embrapa
Monitoramento por Satélite
Email: mir@cnpm.embrapa.br

Thursday, October 28, 2010

Em 2009 dez pessoas morreram somente em SP devido a doença transmitida por capivaras

11/10/2010 07h08 - Atualizado em 11/10/2010 07h08

Superpopulação de capivaras à beira do Pinheiros preocupa ambientalistas

Pelo menos 200 animais da espécie vivem em meio à poluição do rio.
Capivaras são hospedeiras do transmissor da febre maculosa.

Do G1 SP

Cerca de 200 capivaras vivem às margens do poluído Rio PinheirosCerca de 200 capivaras vivem às margens do poluído Rio Pinheiros (Foto: Laurye Borim/G1)

É difícil imaginar que qualquer tipo de espécie animal consiga viver bem às margens do poluído Rio Pinheiros, em São Paulo. No entanto, isso é totalmente possível para cerca de 200 capivaras. Elas não só conseguem viver em meio à poluição como se reproduzem. E muito. A superpopulação da espécie é algo que preocupa o Pomar Urbano, antigo Projeto Pomar, que cuida do paisagismo das margens do rio e faz o controle das espécies que vivem na região. A fartura de comida e a falta de predadores naturais é o que pode explicar a ploriferação.

Segundo o coordenador do Pomar Urbano, Alex Maia, quando o projeto foi criado, em 1999, o número de capivaras era bem menor. Porém, esses animais conseguiram se adaptar muito bem às condições do ambiente e, aos poucos, foram se reproduzindo. "Agora elas são praticamente domesticadas. Não se assustam tanto e já se acostumaram com o movimento das pessoas", diz.

As capivaras apresentam um importante papel na transmissão da febre maculosa e são os principais hospedeiros da bactéria que transmite a doença. De acordo o professor Marcelo Bahia Labruna, do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP), elas podem não apresentar sintomas quando são picadas por carrapatos contaminados, mas a bactéria pode circular pela corrente sanguínea por até dez dias. “Após esse período, a capivara fica imune. Em lugares onde há a superpopulação é mais provável que ocorra a contaminação”, afirma.

Em 2009, em todo o estado de São Paulo foram confirmados 28 casos de contaminação por febre maculosa. Dez pessoas morreram, segundo o Centro de Vigilância Epidemiológica. Os sintomas da doença são febre de moderada a alta, cefaléia e mialgia. A pessoa também precisa ter sido picada por carrapatos e ter frequentado a área de transmissão da doença nos últimos 15 dias.

Billings e Guarapiranga
Muitas capivaras que viviam às margens do Rio Pinheiros têm migrado para as represas Billings e Guarapiranga, que abastecem São Paulo. Desses locais, elas acabam seguindo para matas mais fechadas. “Não há uma barreira entre o Rio Pinheiros e essas represas, mas não há explicação para essa migração”, explica. O manejo da espécie para outros locais ainda não foi estudado, mas se o número de capivaras continuar crescendo, provavelmente essa medida terá de ser feita, segundo Maia.

O Pomar Urbano já fez a recuperação de aproximadamente 24 km das margens do Rio Pinheiros, com o plantio de mudas.

Segundo o professor do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP) Fernando Ferreira, não há nenhum fator biológico especial que explique o porquê de as capivaras conseguirem viver em um rio tão poluído e não terem problemas de saúde. “A capivara é um animal extremamente resistente. As doenças que podem afetar um humano nem sempre prejudicam um animal”, afirma.

As capivaras já se acostumaram com a movimetação na região do Rio PinheirosAs capivaras já se acostumaram com a
movimentação na região do Rio Pinheiros
(Foto: Laurye Borim/G1)
Dócil, a capivara não é uma ameaça à segurança do homem. Quando uma pessoa chega perto, por exemplo, o que o grupo faz, normalmente, é correr em direção ao rio. Elas chegam a atravessar o Pinheiros em apenas um mergulho. As capivaras se dividem em bandos formados basicamente por um líder, que é sempre um macho. Só no Rio Pinheiros, estima-se que haja pelo menos 12 grupos. Sempre que o macho identifica uma situação de perigo, envia uma mensagem e, imediatamente, todo o grupo procura se esconder. Os filhotes se divertem e brincam durante grande parte do dia no rio.

Wednesday, October 27, 2010

Javali mata caçador em Pedregulho/SP

Javali mata caçador em Pedregulho

Fonte: http://www.diariodafranca.com.br/conteudo/noticia.php?noticia=1000&categoria=8

Animal teria atacado vítima de 26 anos para se defender; uma única mordida causou a morte

Da Redação/DF

André Fernando Pereira, de 26 anos, da rua Padre César Gardini, bairro Bela Vista, em Pedregulho, morreu na tarde de ontem após ser mordido na perna esquerda por um javali. De acordo com a família, a vítima saiu para caçar em uma mata próxima à cidade, por volta das 13h, quando foi atacado. Ele estava com três amigos, que chegaram a socorrê-lo e levá-lo para a Santa Casa local.

Segundo a Polícia Civil, a mordida atingiu uma artéria e o rapaz não resistiu ao sangramento, vindo a morrer por hemorragia. O corpo foi levado para o IML (Instituto Médico Legal) de Franca, onde foi feita uma perícia. E.R., 46 anos, padrasto da vítima, disse que ele tinha o hábito de sair para caçar, mas nunca na região em que o incidente ocorreu. A dona-de-casa A.G.M., 52, passou mal ao receber a notícia da morte do filho e recebeu atendimento médico.

O javali, segundo policiais ambientais, não ataca seres humanos a menos que se sinta ameaçado. Esta hipótese é a mais provável para os fatos registrados na tarde de ontem, em um local da zona rural de Pedregulho, conhecido como "Matinha".

André Pereira, que deveria iniciar hoje em seu novo emprego em uma vidraçaria da cidade onde morava, resolveu, junto com parentes do padrasto, caçar javalis na região. Era algo que ele fazia, segundo amigos, pelo menos uma vez por mês.

Durante a caçada, a caça foi acuada e acabou se virando contra seu oponente, o caçador. Uma única mordida, na panturrilha da perna esquerda da vítima, provocou uma hemorragia intensa. André foi socorrido pelo colegas, mas deu entrada na Santa Casa já sem vida.

O caso foi registrado na Delegacia de Polícia de Pedregulho. O médico que atendeu André, já sem vida na Santa Casa, constatou uma única mordedura causada por animal - ele classificou como sendo de porco, mas segundo os colegas foi de um javali.

Animal teria atacado vítima de 26 anos para se defender; uma única mordida causou a morte

Da Redação/DF

André Fernando Pereira, de 26 anos, da rua Padre César Gardini, bairro Bela Vista, em Pedregulho, morreu na tarde de ontem após ser mordido na perna esquerda por um javali. De acordo com a família, a vítima saiu para caçar em uma mata próxima à cidade, por volta das 13h, quando foi atacado. Ele estava com três amigos, que chegaram a socorrê-lo e levá-lo para a Santa Casa local.

Segundo a Polícia Civil, a mordida atingiu uma artéria e o rapaz não resistiu ao sangramento, vindo a morrer por hemorragia. O corpo foi levado para o IML (Instituto Médico Legal) de Franca, onde foi feita uma perícia. E.R., 46 anos, padrasto da vítima, disse que ele tinha o hábito de sair para caçar, mas nunca na região em que o incidente ocorreu. A dona-de-casa A.G.M., 52, passou mal ao receber a notícia da morte do filho e recebeu atendimento médico.

O javali, segundo policiais ambientais, não ataca seres humanos a menos que se sinta ameaçado. Esta hipótese é a mais provável para os fatos registrados na tarde de ontem, em um local da zona rural de Pedregulho, conhecido como "Matinha".

André Pereira, que deveria iniciar hoje em seu novo emprego em uma vidraçaria da cidade onde morava, resolveu, junto com parentes do padrasto, caçar javalis na região. Era algo que ele fazia, segundo amigos, pelo menos uma vez por mês.

Durante a caçada, a caça foi acuada e acabou se virando contra seu oponente, o caçador. Uma única mordida, na panturrilha da perna esquerda da vítima, provocou uma hemorragia intensa. André foi socorrido pelo colegas, mas deu entrada na Santa Casa já sem vida.

O caso foi registrado na Delegacia de Polícia de Pedregulho. O médico que atendeu André, já sem vida na Santa Casa, constatou uma única mordedura causada por animal - ele classificou como sendo de porco, mas segundo os colegas foi de um javali.

Em Santa Catarina Javalis causam prejuízos na agricultura e ameaçam população

26/10/2010 | Serra Catarinense
Javalis causam prejuízos na agricultura e ameaçam população

Fonte: http://www.clmais.com.br/informacao/10084

Campo Belo do Sul, 27/10/2010, Correio Lageano



Os produtores rurais do município estão preocupados com a proliferação de javalis. Os animais estão destruindo plantações, especialmente lavouras de milho.



Segundo dados não-oficiais, existem pelo menos mil animais soltos, e pelo menos 10 propriedades, especialmente em Campo Belo do Sul, já foram atacadas.



A população está preocupada com a situação, já que além de danificar plantações, os javalis significam um risco às pessoas.



Nesta terça-feira (26), alguns produtores rurais estiveram conversando com o deputado estadual Elizeu Mattos.



Eles querem encontrar uma forma de amenizar o problema. O abate como forma de controle seria uma das alternativas.



Para o deputado, é necessário que se encontre, o mais rápido possível, uma solução para o problema. “Precisamos encontrar uma maneira para abater esses animais, evitando mais problemas, além de proteger a população sobre o risco de eventuais ataques, já que os animais são violentos” avalia, comentando que as autoridades sanitárias também devem ser consultadas para se estudar a possibilidade de consumir a carne abatida.



De acordo com o gerente da Copercampos de Campo Belo do Sul, Jocelito Matos, o problema de javalis no município começou a se agravar nos últimos dois anos.



“Em 2009, os produtores do município perderam o equivalente a 1.100 sacas de milho. Na safra deste ano, os javalis já afetaram cerca de 200 hectares de lavoura de milho em cerca 10 propriedades”, afirma.



Ele explica que pelos menos 10% da produção já foi afetada. Não há casos de pessoas atacadas pelos animais.



Além de Campo Belo do Sul, o município de Cerro Negro também está enfrentando problemas com os javalis. Ele não sabe estimar a quantidade de animais na região, mas prevê que o número passe de mil, devido à quantidade de lavouras atingidas.



Segundo ele, os animais atacam as lavouras já a partir do plantio. Além de pisotear a plantação, permanecem no local se alimentando até a maturação do milho.



“Ou seja, até o período da colheita tudo fica completamente comprometido”, lamenta, destacando que há registros da existência de manadas com até 50 javalis.



Portarias liberam abate em Santa Catarina



De acordo com o diretor de Defesa Agropecuária da Secretaria de Estado da Agricultura, Roni Barbosa, os javalis são animais “exóticos”, assim, não protegidos por leis ambientais. Segundo ele, em alguns estados o abate é permitido.



Em Santa Catarina, por exemplo, o animal pode ser abatido dentro da propriedade quando estiver sendo nocivo à agricultura. A medida está prevista na Portaria 10/2007, de 20 abril de 2007, e 1/2010, de 4 de janeiro de 2010.



Entretanto, o abate deve ser feito somente dentro da propriedade de quem a solicitou, sendo que o dono deverá solicitar na prefeitura a autorização para realizar o controle da população dos animais.



Além disso, as normas preveem que não será permitido o uso de cães de caça e armadilhas, sendo determinado como único método de captura para abate o uso de ceva com espera. O uso de armas de fogo pode ser usado, desde que observe a legislação vigente.



Quando ao consumo da carne, o coordenador da Cidasc de Lages, Vicente da Fonseca, esclarece que o produto não deve ser comercializado.



“É claro que não tem como impedir do consumo da carne, mas o comércio é proibido, já que o produto não passa por nenhum tipo de inspeção sanitária”, alerta.



Javalis vieram basicamente do Estado do RS



No Brasil, os primeiros javalis vieram da Europa e especialmente de países vizinhos, como da Argentina e Uruguai. Com o passar dos anos, eles acabaram se dispersando e invadiram a fronteira do Rio Grande do Sul, dentre outros Estados, como Santa Catarina. Segundo Jocelito Matos, os animais que estão na região vieram do estado gaúcho.



Ele comenta que, em Santa Catarina, há registro de animais na região Oeste do Estado. Já em Campo Belo do Sul, os primeiros animais começaram a ser vistos de cinco anos para cá.



Os javalis são considerados espécies “exóticas”, porque cruzam com porcos domésticos e até outros animais selvagens, como porco de mato, o que gera filhos conhecidos com “javaporcos”.



Conforme Jocelito, as fêmeas produzem em média duas ninhadas por ano e uma média de oito filhotes em cada uma.



Assim, o controle se torna difícil. O macho adulto pesa entre 150 a 200 quilos e a fêmea entre 50 a 100 quilos. A carne é iguaria consumida em grande escala pela população.



Foto: Divulgação

Ataques de javalis prejudicam produção rural em diversas partes do país

Produtores gaúchos reclamam de instrução do Ibama que proíbe a caça de javalis. 01/10/2010

Radio Gaucha

http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/player.aspx?uf=1&contentID=141120&channel=232

Produtores preocupados com proliferação de javalis no RS

Proliferação do javali no RS

fonte: http://wp.clicrbs.com.br/campoelavouranagaucha/tag/caca/?topo=52,1,1,,171,77

1 de outubro de 2010 | Comente aqui | Categorias: Meio Ambiente, Produção Agrícola

Os produtores gaúchos estão preocupados com a proliferação de javalis, que tem destruído plantações pelo interior do Estado. Os animais atingem principalmente as lavouras de milho. Mas, conforme o vice-presidente da Associação Gaúcha de Controle aos Javalis, o médico veterinário Ivalcir Peruchin, os animais também atacam as plantações de soja.

- Ele já começa no plantio, e depois ele tem um longo período na maturação do milho, onde ele pode ficar se alimentando. A soja também é problemática, pois ele come as sementes de soja, ele já começa a comer as sementes junto com o adubo. E depois da maturação ele também acaba atacando e danificando esta outra cultura. Mas o grande problema ainda é com as lavouras de milho – afirma.

Para diminuir o número de animais, desde 2002 a caça, era liberada pelo Ibama no Rio Grande do Sul. Agora, por conta de uma instrução normativa expedida pelo órgão, ela está proibida, o que vem deixando os produtores rurais apreensivos. O coordenador geral de autorização de uso e gestão da fauna e recursos pesqueiros do Ibama, Vitor Hugo Cantarelli, explica que a caça não se mostrou uma alternativa eficaz no controle e que é preciso estudar novas formas de combate.

- O Rio Grande do Sul tem uma prática de caça e precisa ser avaliada com mais cuidado para avaliar se essa prática tem trazido uma diminuição sistemática dos estoques de javalis que estão na natureza, aliado com o trabalho de reorganização dos próprios sistemas de criação e com uma medida efetiva de que mais javalis entrem pela fronteira da Argentina e do Uruguai, aí sim teremos um controle efetivo – ressalta.

Os primeiros javalis vieram importados da Europa para a Argentina, no início do século 20. A sua dispersão fez com que invadissem o Brasil pela fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai. Nos anos 90, foram registrados os primeiros ataques a culturas de milho na cidade de Herval.

As fêmeas dão três ninhadas por ano com média de oito filhotes cada. Atualmente, segundo a Associação Gaúcha de Controle aos Javalis, população da espécie pode chegar a 200 mil animais.

Áudio Campo e Lavoura: Produtores gaúchos reclamam de instrução do Ibama que proíbe a caça de javalis

Tuesday, October 26, 2010

'Javaporco' de 150kg invade comércio em cidade a 150km de SP

22/10/2010 16h02 - Atualizado em 22/10/2010 20h27

'Javaporco' invade salão de cabeleireiro no interior de SP

Animal quebrou vitrine e entrou em salão de Tremembé nesta madrugada.
Espécie é resultado do cruzamento entre um javali e um porco.

Do G1 SP, com informações do VNews

Animal deu susto em salão de cabeleireirosAnimal deu susto em salão de cabeleireiros (Foto: Rui Mello/Divulgação)

Um 'javaporco' (espécie originada a partir do cruzamento entre um javali e um porco) de aproximadamente 150 kg quebrou a vitrine e invadiu um salão de cabeleireiro de Tremembé, a 147 km de São Paulo, por volta das 4h desta sexta-feira (22). Policiais, bombeiros e guardas civis precisaram ser chamados para imobilizar o animal.

Um morador da Rua Sete de Setembro chamou a polícia dizendo que uma anta havia quebrado o portão do salão de beleza. Quando chegaram ao local, os policiais verificaram que se tratava de um 'javaporco', que, segundo o Ibama de Lorena, é uma espécie doméstica híbrida.

Não havia ninguém no salão de beleza no momento da invasão. O dono do empreedimento teve apenas o prejuízo da vitrine na entrada da loja, que foi quebrada.

O 'javaporco' foi capturado e colocado à disposição do Ibama.

Resposta à EMBRAPA: Alerta nacional de risco sanitário - Javali

Prezado Dr. Gerson, Chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Suínos e Aves

Agradeço seu retorno e à EMBRAPA por meio da sua pessoa, no entanto neste ano agrícola que passou tivemos o óbito de uma pessoa em MG (veja reportagem), o IAGRO/MS sacrificou 65 animais por aujezky este ano (veja) e mais de um milhão de reais em prejuízos registrados em danos a lavouras de milho somente em Rio Brilhante-MS. Animais com mais de 150Kg e presas com mais de 10cm tem sido facilmente encontrados (Foto de javali abatido no RS)

Apesar da serenidade contida em sua resposta eu acredito que a EMBRAPA e o setor produtivo ainda não se deram conta realmente do perigo que esta espécie representa em nosso país.

Eu compilei maiores informações no artigo Javali – Uma ameaça subestimada pelo agronegócio onde incluo dados econômicos de quanto perdemos com os últimos embargos devido a aftosa nos surtos que houveram no RS e no MS. O Último foco de aftosa no RS em 2000 levou ao sacrifício de 11 mil animais[vi], o embargo devido ao ultimo foco surgido no MS levou a um prejuízo estimado em R$ 1,7 bilhões mostrando que há muitas empresas, empregos, pessoas e famílias em jogo para correr o risco de conviver com estes animais.

Além disso sou obrigado a discordar claramente com vossa afirmação de que "No nosso entendimento a questão não é eliminar os Javalis, mas sim dispor de métodos para controlar e/ou evitar a proliferação exajerada do animal."

Veja bem Dr. Gerson, trata-se de um animal exótico à fauna nacional, invasor e nocivo (social, ambiental e economicamente), seria louvável se conseguíssemos eliminá-lo, bem como outras espécies exóticas e nocivas como pombos (Columba livia), pardais, bicos de lacre, búfalos e outros que aqui abundam com uma complascência diria até irresponsável de órgãos como o IBAMA, a EMBRAPA, o Ministério da Saúde e sua Agência de Vigilância Sanitária, assim como os órgãos nacionais de defesa sanitária.

Infelizmente só para citar como exemplo, a praticamente 500 anos lutamos contra ratos e camundongos que aqui chegaram com as caravelas portuguesas e são também animais exóticos à fauna nacional, invasores e nocivos (social, ambiental e economicamente), e mesmo que sem qualquer restrição ao seu combate ainda não conseguimos vencer a luta contra eles...como vamos conseguir vencer esta luta com uma proibição INCONSTITUCIONAL do IBAMA de controlar este animal nocivo que é o javali???

INCONSTITUCIONAL é uma palavra feia porém é a mais correta em se tratando dessa proibição, pois a LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998 diz claramente no artigo 37, inciso IV.

Art. 37: Não é crime o abate de animal, quando realizado:

IV - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente.


Como o IBAMA e demais orgãos já declararam o javali como animal nocivo, não é crime em momento algum o abate do referido animal e creio que esta posição legal é que deveria também ser assumida pela EMBRAPA, orgãos de defesa sanitária, policias ambientais e outros.

Aliás sugiro abertamente aos produtores que me convidem para em frente a imprensa exercermos nosso direito previsto em lei e abatermos juntos alguns javalis


Sem mais para o momento fico aqui no aguardo não de debates sobre a questão, mas de medidas efetivas dos orgãos públicos quanto a este mal que hoje está se alastrando diariamente no país.

Atenciosamente,

--
Eng. Agr. Rafael Salerno
Nova Safra Consultoria e Participações
www.plantadiretobrasil.blogspot.com
skype: panda_br
+55-31-9882-7421

A verdade sobre o desarmamento

Capivara pode ser boa alternativa econômica para o produtor

A conservação da biodiversidade nativa no Bioma Pampa depende, além das ações de preservação e estabelecimento de áreas de proteção, também do fomento à criação racional e sustentável dos animais silvestres com potencial de aproveitamento econômico. A criação de capivaras tem despertado o interesse dos produtores, tanto pelo elevado preço de venda dos animais, quanto pelo seu potencial produtivo. A criação contribui para a conservação das populações naturais, por desestimular a caça clandestina, oferecendo uma alternativa.

A capivara é o maior roedor vivo, atingindo 105 kg, e não se encontra ameaçada de extinção. A Venezuela abate em média 27.000 capivaras / ano, desde a década de 70, comercializando a carne na forma de charque, por meio de manejo extensivo. Na Argentina, são exportados em torno de 10.000 couros / ano (98% dos couros vão para o mercado interno), através de caça ilegal e legalizada (na Província de Corrientes).

O Brasil se caracteriza por estimular a implantação de criadouros, sendo a capivara o animal silvestre nativo mais criado no país. Sua prolificidade, plasticidade alimentar, aproveitamento de fibra (celulose) e amido, boa taxa de ganho de peso, rusticidade e tamanho de cortes adequados ao mercado, somados ao elevado preço do kg vivo, permite equipará-la com a criação tradicional de ovinos. O potencial para o uso em pecuária orgânica é evidente, por ser um animal pastador por natureza. Hoje a capivara é cotada em até R$ 6,00 / kg de peso vivo e a carne chega a R$ 44,00 / kg. No entanto, não se pode compará-la em produtividade aos suínos, que apresentam o quádruplo do crescimento ponderal e maior prolificidade, com o detalhe de que a capivara ainda não foi submetida ao melhoramento genético.

Capivaras têm uma vasta e antiga tradição como animal de caça no Rio Grande do Sul, ainda que de forma ilegal. No entanto, sabe-se que a carne proveniente desses animais, na sua maioria, apresenta problemas de sabor e aroma o que a torna repudiada por grande parte das pessoas. Por outro lado, capivaras de criação, sob regime alimentar com grãos/ração e forragem cultivada, mesmo adultas, de ambos os sexos, apresentam sabor e aroma excelentes. Não seria exagero dizer que se encontra entre as melhores carnes que temos. Além disso, a carne de capivara apresenta características qualitativas em harmonia com as novas demandas dos consumidores, tais como baixa quantidade de gordura intramuscular, baixa quantidade de gorduras saturadas, elevada quantidade de gorduras poliinsaturadas e relação mais adequada entre as gorduras do tipo ω6 e ω3, quando comparada a carnes vermelhas tradicionais.

O óleo de capivaras apresenta excepcional quantidade de ácido α-linolênico, um dos ácidos graxos ômega-3 essenciais para o organismo. Ou seja, não são sintetizados pelo corpo, devendo ser providos pela alimentação, estando envolvidos em funções como regulação da pressão arterial, redução de processos inflamatórios e do colesterol/LDL. O couro de capivaras é bastante valorizado, chegando a US$ 16,00 / unidade o in natura e US$ 50,00 o curtido (na Argentina), tendo ampla utilização na produção de artefatos sofisticados e na linha crioula. A Itália é um dos maiores importadores.

Existem basicamente três sistemas para criação de capivaras. O intensivo, realizado em pequenos piquetes de 400m2; o semi-intensivo, geralmente em áreas de até 7 ha; e o extensivo, em áreas cercadas de até 15 ha, onde os animais são criados soltos, podendo ser com ou sem desmame. Estudo da Embrapa Clima Temperado, conduzido como parte do projeto Conservação de recursos genéticos de animais nativos com potencial econômico, integrante do Macroprograma 1 – Grandes Desafios Nacionais, na atividade Coleta de tecido, caracterização produtiva e documentação de capivaras (Núcleo de Conservação), concluiu sobre a viabilidade técnico-econômica da criação de capivaras no sistema semi-intensivo, tendo como base o ano de 2006.

Na avaliação financeira, considerou-se um período de sete anos, a existência de mão-de-obra na propriedade e rebanho inicial recebido por doação, distribuído em dois lotes com 14 fêmeas e dois machos em cada, alojados em piquetes telados de 0,5 ha. Um piquete de 0,5 ha destinou-se a animais para o abate, havendo apenas uma mangueira e um corredor central por onde todos os animais são manejados. A alimentação foi baseada em milho/resíduo de beneficiamento de arroz e forragens cultivadas. O número de partos/fêmea/ano foi estimado em 1,5 (com 4 crias/parto), a mortalidade até o desmame em 10% e o abate aos 14 meses com 37,5 kg.

O investimento inicial em estruturas foi de R$ 15.960,21; o custo total por ano foi de R$ 10.306,16; a renda bruta total foi de R$ 18.731,25, com renda líquida total / ano de R$ 8.425,09, considerando-se a venda de animais vivos por R$ 3,70 o kg. A cada real investido, o produtor tem retorno de 1,81 (índice de rentabilidade). A relação benefício-custo foi satisfatória (1,40) e a taxa interna de retorno (45%) indica que o negócio é viável, cobrindo as taxas de juro do mercado, demonstrando viabilidade econômica para a atividade, podendo ser comparável à criação tradicional de ovinos. Constitui-se em uma alternativa tanto para estâncias, quanto para pequenas propriedades no Bioma Pampa. Assim como em ovinos, para um aumento da margem de lucro, propõe-se um aumento da escala de produção com a ampliação do rebanho e piquetes para um total de seis.

Para efetivar uma criação, o produtor deverá seguir a legislação do Ibama (Portarias 117 e 118/97), disponível no site http://www.ibama.gov.br/fauna-silvestre/legislacao/ e também a Instrução Normativa 169/08 (http://ibama2.ibama.gov.br/cnia2/renima/cnia/lema/lema_texto/IBAMA/IN0169-200208.PDF). Pode-se também consultar o Núcleo de Fauna do Ibama em Porto Alegre (051 32264871) para informações gerais e verificar também se há capivaras apreendidas, disponíveis nos núcleos de reabilitação de animais silvestres, ou em instituições científicas, que possam ser doadas para início de criação, ou mesmo, eventualmente, ver se há possibilidade de capturar capivaras que estejam causando danos, conforme consta na legislação. Basicamente, deve-se ter um técnico de nível superior, das ciências agrárias ou biológicas, para elaborar o projeto a ser encaminhado ao Ibama, tramitando pelo Sisfauna no site do Ibama em serviços on line.

Fonte: http://www.diadecampo.com.br/zpublisher/materias/Newsletter.asp?data=26/10/2010&id=22967&secao=Artigos+Especiais

Wednesday, October 06, 2010

Venezuela compra bovinos e carne bovina do Brasil


quarta, 06/outubro/2010 às 14:56

A Venezuela tem se tornado, a cada ano, um parceiro comercial mais importante para o Brasil, com destaque para o setor da pecuária de corte.

Em função da política do país, houve aumento da necessidade da Venezuela em adquirir alimentos (entre eles a carne bovina), além dos bovinos vivos, importados para ajudar a gerar empregos no país.

Analisamos os períodos de janeiro a agosto de 2007, 2008, 2009 e 2010 e, em média, a Venezuela comprou o equivalente a cerca de 420 mil animais neste período. Isso considerando os bovinos vivos exportados e a carne bovina in natura exportada, que foi transformada em animais respeitando o peso médio da carcaça brasileira. Veja na figura 1 a exportação de carne bovina in natura e exportação de bovinos para a Venezuela nos primeiros oito meses de cada ano.

Observe que em 2009 e 2010 houve aumento da compra de bovinos vivos em níveis acima da compra de carne. Hoje a Venezuela é o grande comprador de bovinos vivos do Brasil.

Mas em termos de faturamento, compensa a exportação de bovinos vivos em relação à exportação de carne. Fazendo as contas proporcionalmente, a exportação de um bovino vivo rendeu faturamento 27% mais alto que a venda da carne bovina in natura (em equivalente a um bovino vivo de cerca de 16@). Bom para a balança comercial brasileira.


Fonte: Scot Consultoria

Fotos

Governo brasileiro apoia o sucateamento do setor produtivo na Venezuela.

Política agrícola de Chávez preocupa empresas do Brasil

Autor(es): Rodrigo Uchoa
Valor Econômico - 06/10/2010

A nova ofensiva de expropriações do presidente Hugo Chávez preocupa fabricantes de máquinas e implementos agrícolas do Brasil, que têm na Venezuela seu principal mercado de exportação na América Latina. Representantes do setor no Brasil preveem um colapso nas vendas para o país vizinho e acusam o governo brasileiro de apoiar o sucateamento do setor produtivo na Venezuela.

No domingo, Chávez anunciou a expropriação da Agroisleña, maior empresa de distribuição de produtos agrícolas do país. Além dela, o governo prometeu tomar cerca de 300 mil hectares pertencentes ao grupo britânico Vestley.

Segundo Celso Casale, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos ), a Agroisleña é responsável por cerca de 60% de toda a importação de maquinário agrícola brasileiro na Venezuela.

Atualmente, o Brasil vende para o país vizinho cerca de US$ 150 milhões por ano em máquinas agrícolas como colhedoras, misturadoras de ração, espalhadoras de material orgânico etc.

Casale afirma que a expropriação criou um clima de insegurança no setor. "Representantes comerciais brasileiros estão deixando a Venezuela por temer o clima belicoso", afirmou. Ontem, tropas da Guarda Nacional venezuelana ocuparam as instalações da Agroisleña em todo o país.

"Os donos da empresa estão ligando para os fornecedores brasileiros pedindo para que eles não embarquem os produtos encomendados até que a situação se aclare", afirma. Essas encomendas já estariam cobertas por cartas de crédito garantidas por bancos brasileiros, o que significa que não haveria prejuízo para os fabricantes no Brasil.

"O problema mesmo é o cenário que se desenha", diz Casale. Ele crê que as expropriações e o programa de reforma agrária da Venezuela vão acabar com o mercado explorado pelo Brasil. "Vendemos máquinas para fazendas de médio e grande porte. Se elas forem desmembradas, nosso mercado acaba", prevê.

Além de tudo, o dirigente setorial e empresário reclama do componente político. "É muito ruim que o governo brasileiro e sua candidata a presidente apoiem e sejam identificados com essa situação."

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil afirma que dá apoio às empresas brasileiras no exterior, mas que as expropriações e a reforma agrária da Venezuela são assuntos internos e soberanos do país vizinho.

Chávez argumenta que a expropriação da Agroisleña tem como objetivo reduzir os preços de sementes, fertilizantes e maquinários vendidos pela empresa, "antes acostumada a especular com esses tipos de produtos".

Segundo o presidente venezuelano, essa especulação contribuiu para elevar os custos de produção e, consequentemente, os preços dos alimentos.

Desde o início do governo Chávez, em 1999, mais de 2,5 milhões de hectares foram incluídos na reforma agrária. Segundo estimativa da Federação Agrícola da Venezuela, que faz oposição ao governo, só 50 mil hectares desapropriados estariam agora produzindo, e o país aumentou sua dependência em relação à importação de alimentos.

Líderes de oposição recém-eleitos para a próxima legislatura venezuelana acusam o governo Chávez de estar destruindo o setor produtivo do país e prometeram combater as de expropriação quando a nova Assembleia Nacional tomar posse, em janeiro. Desde 2005, quando a oposição boicotou as eleições, o governo consegue aprovar seus projetos com facilidade no Legislativo.

Para José Manuel González, ex-presidente da Fedecámaras e da Fedeagro, associações patronais da indústria e da agricultura, "o Executivo montou as "agrotiendas socialistas", que não funcionam. Desesperado, resolveu expropriar a empresa mais eficiente do mercado. Não podemos deixar que isso ocorra", disse ele, que foi eleito para a Assembleia em setembro.

Não está se a oposição terá força para isso no Legislativo.

Eduardo Gómez Sigala, deputado de oposição também recém-eleito, diz que "há um desabastecimento crônico no país e a única resposta do governo é acelerar as expropriações. Vamos a atuar e animar os setores para que se manifestem contra esse processo".

Governistas dizem que a decisão de expropriar a Agroisleña "está apegada às normas legais do país e aos convênios internacionais que resguardam o ambiente". O governo acusa a empresa de vender herbicidas e pesticidas poluentes. (Com agências internacionais)

Tuesday, October 05, 2010

São Paulo é o estado onde mais se restauram florestas tropicais e subtropicais em larga escala no Brasil

São Paulo cria resolução para a restauração de florestas
Publicado em 05/10/2010

Modelo desenvolvido no estado é exemplo a ser seguido em todo Brasil, mostra pesquisa.



Da Redação *

São Paulo é o estado onde mais se restauram florestas tropicais e subtropicais em larga escala no Brasil. Segundo o estudo “Instrumentos legais podem contribuir para a restauração de florestas tropicais biodiversas”, publicado este ano na Revista Árvore, os erros e acertos nesse processo de consolidação da prática da restauração ecológica têm proporcionado aprendizados que levaram à elaboração de uma resolução estadual orientativa para essa prática.

O estudo, de autoria de Pedro Henrique Brancalion e outros pesquisadores, aponta a iniciativa como um mecanismo legítimo de política pública ambiental e de proteção dos interesses coletivos da sociedade. Segundo eles, o objetivo central da restauração florestal é o restabelecimento de florestas que sejam capazes de se autoperpetuar, ou seja, florestas biologicamente viáveis e que não dependam de intervenções humanas constantes.

No Brasil, a pesquisa mostra que a limitação de conhecimentos específicos sobre a restauração ecológica de florestas tropicais, a escassez de profissionais capacitados e a intensa demanda por ações emergenciais de restauração resultaram, nas últimas décadas, em iniciativas mal sucedidas e de pouca efetividade.

Porém, mesmo que tais iniciativas tenham trazido prejuízos econômicos e ecológicos, elas também apontaram caminhos a serem seguidos, criando assim um amplo debate científico em torno do tema. “Diversos encontros, reuniões e simpósios ocorreram nos últimos 20 anos no Brasil, colocando em dúvida a aplicação de vários conceitos sobre restauração florestal. Assim, em SP, foi elaborada uma resolução estadual norteadora para a restauração ecológica, alicerçada no conhecimento empírico e científico existente até o momento sobre o tema no Brasil e no exterior”, explicam no artigo.

Como impacto positivo da resolução (SMA - 8, de 7-3-2007), o estudo mostra que a produção de mudas de espécies arbustivas e arbóreas nativas no estado cresceu de 13 milhões para 33 milhões por ano, e o número médio de espécies produzidas nos viveiros também aumentou de 30 para mais de 80.

“Esses resultados positivos tornaram a resolução um modelo de instrumento legal a ser copiado por outros estados brasileiros, os quais se amparam na experiência e histórico da prática de restauração ecológica em SP para a formulação de suas próprias políticas públicas estaduais sobre o tema, também buscando corrigir as deficiências já observadas na restauração nos respectivos estados”, aponta a pesquisa.

Para ver o artigo na íntegra, clique aqui.

* Com informações da Agência Notisa


http://www.srb.org.br/modules/news/article.php?storyid=3661

MS abate 65 suínos contaminados por doença que pode ter sido transmitida por javalis

fonte http://www.correiodoestado.com.br/noticias/iagro-abate-lote-de-65-suinos-com-doenca-infecciosa-em-doura_2896/

Iagro abate lote de 65 suínos com doença infecciosa em Dourados

26/03/2010 05h52

foto
Lote de 65 suínos, contaminado pela doença de Aujeszki, foi abatido na tarde de terça-feira pela Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) na fazenda Nazaré, em Dourados. Os animais não apresentavam sintomas da doença, mas os técnicos executaram o procedimento padrão de eliminar o foco do vírus, que fica em estado latente. Em nota técnica divulgada ontem, a Iagro explicou que “a doença de Aujeszky é uma doença viral, altamente contagiosa, que afeta a maioria dos mamíferos e aves, porém os suínos e javalis são os únicos hospedeiros naturais do vírus, e nas demais espécies animais a doença é fatal. Os seres humanos não são afetados pela doença”. A doença também conhecida como pseudoraiva ou peste de coçar tem impacto econômico sobre a suinocultura, por questão sanitária, como a febre aftosa. A fazenda Nazaré, do produtor rural Estevão Minhos, fica na região no distrito do Guaçu, em Dourados. O lote foi sacrificado a tiros por dois policiais militares que acompanharam os fiscais da Iagro, todos usando macacões especiais. Depois foram transportados em caminhão da prefeitura e enterrados em vala aberta na própria fazenda. O inspetor regional da Iagro em Dourados, Antonio Éder Stefanes explicou ontem que a presença do vírus nos suínos foi descoberta no final do ano, depois de sorologia de rotina feita naquela criação, chamada de “fundo de quintal”. As suinoculturas tecnificadas (comerciais) passam por essa inspeção sanitária regular porque o produto também é exportado. Os porcos apresentaram a presença do vírus herpesvirus suideo 1 mas não haviam desenvolvido a doença e, por consequência, os sintomas clínicos característicos, como convulsões, febre e depressão nos animais jovens, enquanto os adultos sofrem problemas respiratórios. Nos dois chiqueiros onde viviam os animais, máquinas e equipamentos usados no abate foram desinfetados, o mesmo ocorrendo com o caminhão e a pá carregadeira cedidos pela prefeitura para a operação. Sigilo O abate em massa dos suínos somente foi descoberto pela imprensa porque um fotógrafo do Diário MS, de Dourados estava pescando na fazenda Nazaré, desconfiando do movimento de pessoas com roupas brancas. O gerente de Inspeção e Defesa Sanitária Animal da Iagro, José Mário Pinese explicou ao jornal que a operação foi feita em sigilo para não alarmar a imprensa ou a comunidade. “Isso não foi feito para impedir o acesso à informação, mas para evitar a entrada e saída de veículos ou pessoas no local e favorecer a disseminação da doença”, assegurou o gerente. A região do Guaçu é uma das maiores produtoras de grãos e carne do município. Nela existem javalis (inicialmente criados numa fazenda de uma rede de churrascaria de São Paulo) e javaporcos (cruzamento de javali com porco) criados soltos. A Iagro continuará o trabalho de vigilância nas propriedades para rastrear se o vírus está presente em outros locais. O vazio sanitário foi determinado apenas na fazenda Nazaré. Serão colocados animais sentinela para detectar possível atividade viral. “Se num prazo de 20 a 40 dias não ocorrer reincidência da doença, a fazenda será liberada para a criação”, esclareceu Pinese. A preocupação da Iagro com a doença é com relação ao impacto que poderia ter sido o comércio internacional do Estado. Neste caso, apenas o vírus foi encontrado e os suínos não desenvolveram a enfermidade. Em Dourados funciona frigorífico que abate 2.500 suínos por dia e grande parte da carne é destinada à exportação, principalmente para a Rússia.

Javalis entram na pauta da Comissão de Agricultura

05/10/2010 - 14:25:56

Já são mais de R$ 70 milhões em perdas devido ao ataque de javalis selvagens nas lavouras no Sul

Fonte: Agrolink



O prejuízo causado por manadas de javalis selvagens a lavouras no Sul do país é destaque da pauta desta quarta-feira (6) da Comissão de Agricultura. Os deputados vão analisar o requerimento do presidente da comissão Abelardo Lupion (DEM/PR) que solicitou a realização de uma audiência pública para discutir o assunto.

Desde 2002, a caça era liberada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) para diminuir o número de animais. Entretanto, o órgão expediu recentemente instrução normativa que proíbe a caça de javalis.

De acordo com Lupion, a atividade deve ser liberada para interromper a expansão das manadas e buscar reduzir os prejuízos econômicos e ambientais da região. "A destruição de plantações de diversas culturas, a morte de animais domésticos e de rebanhos vem ocorrendo sem que o órgão responsável, no caso o Ibama, tome medidas para reduzir, ou, se necessário, dizimar esta população de animais invasores", afirmou.

No Rio Grande do Sul, a estimativa é que o prejuízo chegue a R$ 70 milhões. Os primeiros javalis vieram importados da Europa para a Argentina no início do século XX. A sua dispersão fez com que invadissem o Brasil pela fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai. Criados de forma clandestina, a população de animais, que está entre 26 e 50 mil no estado, cresce vertiginosamente causando estragos as plantações.

As informações são da assessoria de imprensa da Câmara dos Deputados.