Wednesday, August 31, 2011

EMBRAPA aponta caminhos para atender metas de Copenhague

iLPF: tecnologia agropecuária a favor do meio ambiente e do produtor

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A disponibilidade de tecnologias com sustentabilidade econômica, social e ambiental, por meio de novos modelos de produção na agricultura e pecuária, permite ao Brasil produzir mais grãos, fibras e energia sem agredir o meio ambiente e gerando riquezas.

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iLPF: tecnologia agropecuária a favor do meio ambiente e do produtor


Mas ainda é necessário que mais produtores rurais se conscientizem da necessidade de se colocar em prática as diversas tecnologias que demonstram bons resultados. Com isso, além do equilíbrio ambiental, o país mostra que é capaz de executar o compromisso firmado voluntariamente, em 2009, na Convenção do Clima de Copenhague (COP 15) que, entre outros fatores, compromete-se em reduzir a emissão de gases de efeito estufa no país entre 36% e 39% até 2020.

Uma das formas de contribuir com esses números é o produtor apostar em técnicas de recuperação e reforma de pastos. Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, aproximadamente 9 milhões de hectares de pastagens estão com algum tipo de degradação. A Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) pode ser uma alternativa, já que essa tecnologia permite a convivência entre a produção de grãos, carne e madeira, diversificando a fonte de renda do produtor.

Segundo o pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Júlio Cesar Salton, a proposta dessa tecnologia é diversificar. "Uma realidade é que o produtor pode ter a floresta sem afetar a produtividade das pastagens, e ainda ter o ganho decorrente da venda da madeira. Na lavoura, em sua fase inicial, as árvores também não interferem na produtividade das culturas. Com o passar do tempo, a interferência vai depender do espaçamento entre elas - quanto mais próximas, mais sombreamento. Normalmente, a lavoura produz até as árvores estarem em um determinado tamanho, e a partir daí ficam as pastagens", explica Salton.

EUCALIPTO



A espécie disponível e mais fácil de ser trabalhada, segundo Salton, é o eucalipto, que também é uma espécie com amplo mercado de acordo com a necessidade da região, que pode ser por madeira para produção de papel, de energia através do carvão vegetal, de móveis ou para construção civil. No caso do sul de Mato Grosso do Sul, o mercado está voltado para atender as demandas de madeira para a construção civil. Além disso, o eucalipto tem a vantagem de crescer mais rápido que outras espécies.

Para a iLPF, as culturas escolhidas podem ser as que o produtor já cultiva em sua região, mas que sejam na forma de Sistema Plantio Direto (SPD), que possui três fundamentos: o não revolvimento do solo, a manutenção do solo coberto permanentemente e a rotação de culturas.

"A iLPF é uma tecnologia que desponta no país e a Embrapa e outras instituições de pesquisa no Brasil têm desenvolvido uma série de trabalhos, visando aprimorar o conhecimento para que a iLPF possa efetivamente ser incorporada aos sistemas produtivos predominantes no país", afirma o chefe-geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Fernando Mendes Lamas.

Esse modelo de produção exige conhecimento técnico e acompanhamento, porque cada situação necessita de um tipo de arranjo adequado às espécies envolvidas no sistema, seja espécie de origem vegetal ou animal.

VISITA TÉCNICA

Por esse motivo, a Embrapa Agropecuária Oeste realiza uma Visita Técnica em seu Campo Experimental de Ponta Porã (MS) sobre iLPF, em parceria com a Embrapa Transferência de Tecnologia, a Embrapa Gado de Corte -- Unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vinculadas ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) -, Fundação MS e Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). O evento acontece hoje, 30 de agosto de 2011, das 9 às 15 horas, e o público-alvo são líderes rurais, técnicos da assistência pública e privada e de empresas rurais da região.

Haverá um Painel sobre aspectos tecnológicos e econômicos do iLPF com o pesquisador Abílio Rodrigues Pacheco, da Embrapa Transferência de Tecnologia (Goiânia/GO) e, em seguida, os debatedores que abrirão as discussões: Júlio Cesar Salton, da Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados/MS), Armindo Neivo Kichel, da Embrapa Gado de Corte (Campo Grande/MS), Dirceu Luiz Broch (Fundação MS) e Omar Daniel (UFGD). O encerramento das atividades será com a visita à URT de iLPF.

Os trabalhos desenvolvidos em Ponta Porã (MT), que fazem parte de um projeto nacional com diversos parceiros como a Bunge, possuem um ano e meio de existência e ocupa cerca de 15 hectares, onde existem também parcelas com plantio convencional como forma de comparação para pesquisa. A Unidade serve como base para transferência da informação, coleta e acompanhamento da pesquisa.

O objetivo do evento é possibilitar a reflexão e análise entre a Embrapa e o público-alvo dessa primeira Visita Técnica, sobre a incorporação da iLPF aos sistemas de produção. "O conhecimento é o insumo mais importante para a sustentabilidade da atividade agropecuária no Brasil e no mundo", conclui Lamas, chefe-geral da Embrapa Agropecuária Oeste.

PARA SABER MAIS

Acesse aqui o site sobre a tecnologia iLPF.

FONTE

Embrapa Agropecuária Oeste
Sílvia Zoche Borges - Jornalista
Telefone: (67) 3416-9742

Links referenciados

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
www.agricultura.gov.br

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
www.embrapa.br

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
ilpf.cnpms.embrapa.br

Universidade Federal da Grande Dourados
www.ufgd.edu.br

Embrapa Transferência de Tecnologia
www.embrapa.br/snt

Embrapa Agropecuária Oeste
www.cpao.embrapa.br

Embrapa Gado de Corte
www.cnpgc.embrapa.br

Fernando Mendes Lamas
lattes.cnpq.br/7465342446376847

Armindo Neivo Kichel
lattes.cnpq.br/4068571169984552

Sílvia Zoche Borges
silvia.borges@cpao.embrapa.br

Júlio Cesar Salton
lattes.cnpq.br/1324347757046603

Dirceu Luiz Broch
lattes.cnpq.br/2326912965399039

Fundação MS
www.fundacaoms.org.br

Acesse aqui
ilpf.cnpms.embrapa.br

Omar Daniel
lattes.cnpq.br/5224805795195060

Embrapa
www.embrapa.br

Bunge
www.bunge.com.br

Declínio na produtividade das plantas é questionado

Declínio na produtividade das plantas é questionado

noticias :: Por Editor em 30/08/2011 :: imprimir pdf enviar celular



Uma pesquisa publicada na revista Science em agosto de 2010 alertava para um suposto declínio na produtividade global das plantas, que teria sido induzido pelas secas ocorridas na última década. O fenômeno, segundo os autores, seria uma ameaça para a segurança alimentar e para a produção de biocombustíveis. O alerta, no entanto, acaba de ser refutado por um novo estudo realizado por uma equipe de cientistas do Brasil e dos Estados Unidos. De acordo com o novo trabalho, publicado na edição do dia 26 de agosto de 2011 da Science, a pesquisa anterior teria uma série de erros de modelagem, além de levar em conta tendências estatisticamente insignificantes.

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Declínio na produtividade das plantas é questionado


O trabalho de 2010 foi feito por Maosheng Zhao e Steven Running, ambos da Universidade de Montana (Estados Unidos). O novo artigo teve participação de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e da Universidade de Boston (Estados Unidos).

De acordo com Simone Aparecida Vieira, do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (Nepam) da Unicamp, o estudo feito por Zhao e Running utilizou imagens de satélite e modelos matemáticos para investigar a produção primária líquida terrestre (NPP, na sigla em inglês) - isto é, a quantidade de carbono efetivamente fixada na biomassa vegetal - e a variabilidade climática entre 2000 e 2009.

"Com base nos modelos, eles concluíram que houve uma redução da NPP e a atribuíram à seca verificada no hemisfério Sul naquele período. Mas há uma série de inconsistências.

Um dos problemas é que a tendência anual de queda é da ordem de 0,1% na produtividade vegetal que eles relataram, ou seja, de 1% em uma década - algo inferior à margem de erro desse tipo de medida. "Nós avaliamos os resultados do algoritmo de sensoriamento remoto deles contra medidas que fizemos no campo, e concluímos que o algoritmo deles teve um erro médio de 28%, suficiente para minar a confiança nos resultados", disse Vieira à Agência Fapesp.

Os pesquisadores da UFV e da Universidade de Boston se propuseram a fazer a crítica sobre os modelos utilizados no estudo publicado em 2010. A cientista da Unicamp, que trabalha com ecologia de campo, foi convidada para contribuir com os dados provenientes do trabalho de campo de sua pesquisa de doutorado.

O trabalho desenvolvido no doutorado, com Bolsa da Fapesp, está sendo replicado na Mata Atlântica após pós-doutorado vinculado ao Programa Biota-Fapesp.

"As estimativas obtidas a partir da medição de árvores em campo - não apenas no meu trabalho, mas também nos de outros autores - mostram que em oito casos a quantidade de carbono fixada na vegetação foi subestimada pelo modelo. E em três casos ela foi superestimada", disse.

Outro problema do estudo, segundo Vieira, é que, para sustentar a afirmação de que as florestas cresceram menos, ele se apoia em um artigo publicado na Science em 2009 por Oliver Phillips, da Universidade de Leeds (Reino Unido), sobre os efeitos da seca de 2005 na Amazônia.

"Aquele artigo, entretanto, não dizia que a floresta havia crescido menos. Ele demonstrava que houve uma grande mortalidade, fazendo com que a biomassa diminuísse. O crescimento, no entanto, se manteve. Vários outros artigos demonstraram isso. Há espécies de árvores que são mais sensíveis às secas, mas quando elas morrem isso acaba sendo compensado pelo crescimento de outras espécies mais resistentes, por fatores como a redução da competição por luz e água", explicou.

A suposta redução da NPP induzida pelo aumento da frequência de secas levou à conclusão de que essa diminuição poderia ter impacto negativo na produção de alimentos e biodiesel no mundo. A inferência, de acordo com Vieira, é arriscada.

"É preciso deixar claro que o aumento da frequência das secas é um fato constatado e demonstrado e não negamos isso. Mas o trabalho, da maneira como foi feito, não é capaz de provar que houve redução da NPP. Não conseguimos, por exemplo, verificar nenhuma diminuição do índice de área foliar, que seria de se esperar se houvesse de fato queda da produtividade primária", afirmou.

Segundo a pesquisadora do Nepam, o novo estudo verificou falhas no algoritmo utilizado por Zhao e Running para estabelecer o modelo de NPP a partir das imagens de satélite. Os dados de satélite também foram analisados sem levar em conta a distorção causada por nuvens e aerossóis.

"O modelo que foi utilizado não consegue captar exatamente o que está ocorrendo, pois não considera a dinâmica de umidade do solo e as relações entre os vários processos ecofisiológicos do sistema. A tendência que foi apontada não foi observada nem nos nossos dados de campo, nem a partir de um algoritmo criado pelos meus colegas", disse.

As conclusões do estudo de 2010 são graves, na opinião de Vieira, por pressupor que as florestas não estão removendo dióxido de carbono da atmosfera nos níveis em que se imaginava.

"As florestas tropicais são muito importantes para a manutenção do ciclo global de carbono. Pressupor que a importância delas não é tão grande poderia enfraquecer a argumentação a favor da conservação", disse.

REFORÇO E RESPOSTA

A mesma edição da Science publica outro artigo no qual Belinda Medlyn, da Universidade Macquarie, na Austrália, também questiona o estudo de 2010.

"Zhao e Running descreveram que a produtividade primária líquida global declinou na última década e que essa redução foi causada por secas. Entretanto, seus resultados não são medições diretas, mas têm como base resultados de modelos nos quais se assume forte dependência da temperatura", destacou.

A Science também publica comentário de Zhao e Running sobre o questionamento feito agora pelos pesquisadores do Brasil, Austrália e Estados Unidos. Segundo os dois, os resultados do estudo publicado em 2010 não tiveram mesmo como base medições diretas e podem ser explicados como consequências lógicas do modelo empregado na análise.

"Arindam Samanta e outros e Medlyn questionam nosso relatório sobre a redução na produtividade primária líquida global de 2000 a 2009. Nossos novos testes mostram que outros índices da vegetação tiveram alterações negativas ainda mais fortes na década. A diminuição de controles de temperatura na respiração e no estresse hídrico também não levou à produção de uma tendência positiva na NPP. Essas análises reforçam a conclusão de uma redução na NPP global induzida pela seca na última década", afirmam.

Os artigos Comment on Drought-Induced Reduction in Global Terrestrial Net Primary Production from 2000 Through 2009 (doi:10.1126/science.1199048), de Arindam Samanta, Simone A. Vieira e outros, Comment on Drought-Induced Reduction in Global Terrestrial Net Primary Production from 2000 to 2009 (doi:10.1126/science.1199544), de Belinda E. Medlyn, e Response to Comments on Drought-Induced Reduction in Global Terrestrial Net Primary Production from 2000 Through 2009 (doi:10.1126/science.1199169), de Maosheng Zhao and Steven W. Running, podem ser lidos por assinantes da Science em www.sciencemag.org.

FONTE

Agência Fapesp
Fábio de Castro - Jornalista
Telefone: (11) 3838-4000

Links referenciados

Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais
www.nepam.unicamp.br

Universidade Estadual de Campinas
www.unicamp.br

Universidade Federal de Viçosa
www.ufv.br

Simone Aparecida Vieira
lattes.cnpq.br/3810088438992371

Universidade de Montana
www.montana.edu

Universidade Macquarie
www.mq.edu.au

Universidade de Boston
www.bu.edu

Programa Biota-Fapesp
www.biota.org.br

Universidade de Leeds
www.leeds.ac.uk

www.sciencemag.org
www.sciencemag.org

Agência Fapesp
www.agencia.fapesp.br

Science
www.sciencemag.org

Unicamp
www.unicamp.br

Fapesp
www.fapesp.br

UFV
www.ufv.br

Agricultura pode avançar em 128 milhões de hectares sem derrubar floresta

noticias :: Por Editor em 29/08/2011 :: imprimir pdf enviar celular

As atividades agropecuárias no Brasil podem crescer significativamente, contribuindo para satisfazer a crescente demanda por alimentos no planeta, sem praticar novos desmatamentos. A informação está presente no estudo "Conciliando Produção Agrícola com Conservação e Restauração de Florestas" - clique aqui para fazer o download do estudo (3,44 Mb - arquivo PDF), apresentado pelo professor Britaldo Soares Filho, do Instituto de Geociências (IGC) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Agricultura pode avançar em 128 milhões de hectares sem derrubar floresta


De acordo com o levantamento apresentado, existem 128 milhões de hectares que poderiam ser utilizados para a expansão da atividade agropecuária. Deste total, 90 milhões estariam no Cerrado e na Mata Atlântica. "O principal debate gira em torno de flexibilizar ou viabilizar o Código Florestal. Acho que devemos viabilizar", destacou, afirmando que a legislação ambiental brasileira é uma peça "à frente de seu tempo".

Britaldo Soares Filho lembra que o Brasil conseguiu, nos últimos anos, se tornar o terceiro maior exportador de commodities agrícolas do planeta, obtendo simultaneamente significativas reduções nas taxas de desmatamento na Amazônia. Diante desse quadro, concluiu que seria viável a agricultura brasileira seguir dando substanciais contribuições para alimentar a crescente população mundial, sem colocar em risco os recursos naturais e a biodiversidade.

O professor da UFMG elencou algumas políticas que contribuiriam para a recuperação de áreas degradadas, bem como para elevar a produtividade do agronegócio brasileiro, mas que demandariam mecanismos de financiamento mais consistentes que os atuais. Entre elas estariam projetos de sequestro de carbono, sistemas internacionais de redução de CO2, enriquecimento de espécies madeireiras em áreas de reserva legal, mercado de compensação de terras florestadas e intensificação da agropecuária.

"Nossa pecuária apresenta uma média em torno de 1,1 cabeça de gado por hectare, que poderia tranquilamente ser elevada para 1,5. Tanto que os Estados Unidos, com um rebanho de 80 milhões de cabeças, produzem mais carne que o Brasil, que tem 180 milhões de cabeças de gado", exemplificou Britaldo Soares Filho.

De acordo com Carlos Alberto de Mattos Scaramuzza, superintendente de Conservação do WWF-Brasil, além do mercado de carbono, existem outras alternativas que contribuiriam para viabilizar o cumprimento do Código Florestal. Como exemplo, ele citou projetos que remuneram proprietários por recursos hídricos e apoio a indústrias verdes, como foi feito na Coreia do Sul.

Scaramuzza também lembrou que é necessário adotar soluções com embasamento científico, muitas delas já disponíveis no país a partir de estudos coordenados por instituições da mais alta credibilidade. "Temos uma condição muito interessante de apoiar o processo político de tomada de decisões sobre o Código Florestal, mas infelizmente isso não está acontecendo nesse debate. O aparato de Ciência & Tecnologia não tem sido utilizado para propor as mudanças", avaliou o superintendente de Conservação do WWF-Brasil.

FONTE

WWF-Brasil

Links referenciados

Universidade Federal de Minas Gerais
www.ufmg.br

Instituto de Geociências
www.igc.ufmg.br

Britaldo Soares Filho
lattes.cnpq.br/0835550051061850

clique aqui
assets.wwfbr.panda.org/downloads/semjorn
alistas2011_conciliando_agricultura_cons
ervacao_britaldosoares.pdf

WWF-Brasil
www.wwf.org.br

UFMG
www.ufmg.br

Mais um capitulo em...Por quê tanto interesse internacional na Amazônia???

Será que todo o esforço das ONG's é somente pra conservar a floresta? Ainda esta semana as nações ricas da Otan vão depor mais um governo para assumir seus interesses nas riquezas da Libia...será que não chegará o dia do Brasil? Pau que dá em chico bate em Francisco...


22/08/2011 - 17h33

Potássio do Brasil confirma potencial de potássio da Amazônia

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DA REUTERS

A Potássio do Brasil, empresa brasileira com sócios locais e internacionais, confirmou nesta segunda-feira o potencial para potássio de classe mundial na bacia Amazônica, onde poderão ser descobertas "múltiplas jazidas", segundo comunicado da empresa.

A confirmação foi realizada pela perfuração PB-AT-11-09, que interceptou minério de potássio com teor de 39,94% de KCl (cloreto de potássio) e espessura de 1,82 m a uma profundidade de 843 m em Autazes, no Estado do Amazonas. Segundo a empresa, esse mesmo intervalo inclui uma zona mais rica, com 1,59 m de espessura e teor de 44,52% de KCl.

Sócios da Potássio do Brasil, reunidos na mineradora Falcon Metais, venceram em 2008 uma licitação da Petrobras para exploração de Fazendinha. Mas o processo foi interrompido pelo governo na época sob alegação de que a política para o setor seria revista, o que não foi feito até hoje.

Enquanto aguardavam a decisão do governo, alguns sócios da Falcon --brasileiros, canadenses e australianos-- adquiriram outros direitos minerários na região. E, logo na primeira perfuração da área obtida junto ao Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM), a Potássio do Brasil comprovou o potencial de grande porte da mina.

Na época, a empresa pensava em fazer uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) para obter os recursos necessários para desenvolver seus negócios, operação agora adiada para até o último trimestre de 2012.

A estimativa da Potássio é de que sejam necessários de US$ 3,5 bilhões a US$ 4 bilhões para produzir anualmente 4 milhões de toneladas de cloreto de potássio.

"A empresa, atualmente, está em processo de captação de recursos da ordem de US$ 100 milhões junto aos seus atuais acionistas e outras instituições tanto no Brasil quanto no exterior", informou em nota.

INVESTIMENTO

A Potássio do Brasil disse ainda que pretende contratar novas sondas para acelerar a definição dos recursos minerais dessa jazida e testar outros alvos na bacia Amazônica.

"A definição do recurso mineral está prevista para ser concluída no segundo trimestre de 2012", informou.

O Furo PB-AT-11-09 está localizado a aproximadamente 1,8 km a sudoeste do primeiro furo na região, o PB-AT-10-02. Ambos estão localizados no município de Autazes, no Estado do Amazonas, a cerca de 10 km a norte da jazida de potássio de Fazendinha, da Petrobras.

O governo brasileiro luta para reduzir a dependência de fertilizantes importados do país. No caso do potássio, um dos nutrientes utilizado na produção de fertilizantes, o país importa cerca de 90% da demanda anual.

Recentemente a Petrobras prorrogou a concessão de uma jazida de potássio para a Vale, em Sergipe, e estuda o que fazer com as outras concessões minerais detidas pela petroleira, como Fazendinha e Arari, próximas aos ativos da Potássio do Brasil na Amazônia.

O presidente da Petrobras disse, em entrevista à agência de notícias Reuters em julho, que essas áreas deverão ser arrendadas a terceiros.

Friday, August 12, 2011

ONDE COLOCAR O TIRO NUM JAVALI

ONDE COLOCAR O TIRO NUM JAVALI

Fonte:http://abertura-geral.blogspot.com/2011/04/perceber-onde-colocar-o-tiro-num-javali.html

Para que se perceba um pouco melhor onde colocar os tiros num javali as fotos colocadas irão dar uma ideia para o seu posicionamento.
Espero ter ajudado pois as ilustrações estão muito explicítas e devem ajudar a perceber como funciona o tiro quando atinge estas zonas dos orgãos vitais.
Boas caçadas.



Wednesday, August 10, 2011

Pegada hidrológica...

Em reunião da Câmara Temática de Agricultura Sustentável e Irrigação, realizada no Ministério da Agricultura no dia 2 de agosto, o representante da CNA informou aos membros presentes que, ainda em agosto, a Confederação promoverá um evento para discutir a “Pegada Hidrológica” dos produtos agropecuários, convidando um especialista da USP para debater o tema.

Por pegada hidrológica entende-se a quantidade de água “consumida” para se produzir um determinado produto ou alimento e que está virtualmente incorporada aos mesmos. Diz-se, por exemplo, que para produzir um quilo de carne, se consome 15.000 litros de água, para produzir um quilo de tomate se consome 600 litros, uma taça de vinho se gasta 120 litros, para se produzir uma xícara de café se consome 140 litros, e assim por diante.

Esse é um tema que merece reflexão, principalmente por parte dos técnicos envolvidos no processo produtivo agropecuário (engenheiros agrônomos, médicos veterinários, zootecnistas), pelos próprios produtores rurais e suas entidades representativas, vez que o mesmo é mais um imbróglio criado por nós mesmos, ou por organizações que, ao difundir e repetir inverdades inconseqüentes, leva o público urbano a uma visão distorcida e paranóica do que é a produção agropecuária.

Todos sabemos que o volume de água no planeta Terra, regulado pelo ciclo hidrológico, é constante e inalterado ao longo do tempo. Que a agropecuária pode, inclusive, ser uma aliada no que se refere a sua preservação, quando falamos em Plantio Direto, e em sua melhoria da qualidade nos cultivos irrigados, com o reuso em todo seu processo, seja na fisiologia da planta ou em seu caminhamento pelo perfil do solo.

Sabemos que a água é um dos principais insumos no processo produtivo agropecuário. Entretanto, sabemos claramente que essa água não é “consumida” como apregoam os catastrofistas de plantão. Mas sim, retorna ao ciclo hidrológico em sua forma pura de vapor d’água. Portanto, a água não é consumida, mas usada para um fim nobre, que é a produção de alimentos, retornando na forma de chuva aos nossos mananciais.

Essa nova moda chamada “pegada hídrica” que espertalhões jogam para a sociedade urbana, é apenas mais uma forma de desfocar a atenção e ações para os reais problemas da sociedade, em especial a brasileira. Daí um coro de ‘especialistas” apresenta um tema novo, com vistas a ganhar espaço na mídia e importância entre seus pares. Mesmo que para isso seja preciso usar de uma inverdade científica.

O real problema relativo a água no Brasil está no tratamento do esgoto urbano. O saneamento básico atende, atualmente, apenas 43% de nossa população. Jogado diretamente em nossos mananciais, o esgoto urbano representa poluição e doenças de veiculação hídrica, além dos impactos negativos em toda a vida aquática. Isso sim, merece discussão e empenho de toda sociedade no sentido de que o mesmo seja minimizado em benefício da sociedade.

Outro problema que diretamente afeta a qualidade do solo e da água, são os lixões espalhados a céu aberto, onde humanos, urubus e ratos, apenas para falar em bichos de grande porte, chafurdam nesse ambiente insalubre e fétido. Basta que nos transportemos, mesmo que mentalmente, até a periferia de uma cidade qualquer desse país.

Estes sim, deveriam ser nosso foco principal. Tratar de mazelas como o esgotamento sanitário e o lixão sólido, e assim, estar efetivamente cuidando de nossas águas, de nosso meio ambiente.

Ao agricultor cabe cuidar da produção de alimentos de qualidade, com sustentabilidade ambiental e, dessa forma, contribuir para com a segurança alimentar do planeta. Pegada hidrológica pode ser tema de discussão entre ecologista de asfalto ou aproveitadores das pessoas menos informadas.

Thursday, August 04, 2011

Você sabe usar as plantas medicinais para o combate da gripe e do resfriado?

Você sabe usar as plantas medicinais para o combate da gripe e do resfriado?

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Dores de cabeça, garganta irritada, coriza, tosse, fraqueza e aquela vontade de ficar embaixo das cobertas. Esses são alguns dos sintomas da gripe e do resfriado, comuns nesta época do ano. Uma das alternativas, além de procurar o médico e ir a uma farmácia, é utilizar as plantas medicinais -- presentes no cotidiano das pessoas principalmente pela diversidade ecológica - para o auxílio e tratamento desses sintomas gripais. Mas você sabe usá-las adequadamente?

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Você sabe usar as plantas medicinais para o combate da gripe e do resfriado?


A voluntária e agente da Pastoral da Saúde de Criciúma/Região Sul 4 Melânia de Mattia Pierini informa as plantas utilizadas pela Pastoral da Saúde para bronquites, gripes, resfriados e tosse (problemas pulmonares), todas elas contempladas na Renisus (Relação de Plantas Medicinais de Interesse para o SUS).

Conforme ela há uma lista que orienta estudos e pesquisas para subsidiar a elaboração de catálogo de plantas medicinais e fitoterápicas a serem disponibilizados para uso da população. São elas: abacaxi, amora, folha da fortuna, gengibre, mastruço, picão-preto; salsa, tansagem, alho, guaco, hortelã-pimenta, hortelã, menta e eucalipto. As últimas quatro plantas já são validadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para vários problemas respiratórios.

Ela ressalta que antes de usar qualquer planta a pessoa deve conhecer bem para preparar o chá e certificar-se para que realmente é utilizada. "Se for adquirida seca e embalada é bom verificar a coloração. Não pode estar torrada ou escurecida, tem que apresentar um aspecto novo e não esqueça do tempo de validade. Já na coleta da planta, o importante é observar se não apresentam fungos, ferrugens e se as folhas estão realmente propícias para o devido fim", completa. Melânia destaca ainda que o mesmo chá não pode ser utilizado mais do que sete dias.

CUIDADOS COM AS PLANTAS

Outro aspecto que se deve tomar cuidado ao utilizar as plantas medicinais é em relação a sua correta identificação botânica, isto é, é preciso nomear as plantas medicinais pelo seu nome científico. "O nome científico da planta é como se fosse o nosso CPF, não tem erro, ao passo que o nome popular da planta é como se fosse somente nosso primeiro nome. Quantos Paulos, Marias, Pedros, você conhece? Vários, assim são as plantas, uma mesma planta pode ser conhecida e ter mais de 30 nomes populares e plantas diferentes pode ter o mesmo nome popular. É aí que ocorre toda a confusão e até mesmo casos de intoxicação e óbito pelo uso equivocado de plantas medicinais", comentou Ângela Rossato, coordenadora do curso de Farmácia da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc).

Conforme ela, a correta identificação botânica é importante, pois é através dela que se tem acesso aos diversos estudos científicos e às informações validadas sobre as plantas medicinais. Por exemplo, o Rosmarinus officinalis L., popularmente conhecido como Alecrim. Já se sabe que não pode ser utilizado por mulheres grávidas, aliás nenhuma planta medicinal é recomendada para mulheres grávidas, pois não há evidências da sua segurança ao feto, muito pelo contrário, na sua grande maioria comprometem a gestação.

As plantas medicinais também não são isentas de contraindicações, claro que bem menos se comparado com os medicamentos sintéticos, como exemplo a Mikania glomerata (Guaco). Sabe-se, por exemplo, que esta planta pode interferir na coagulação sanguínea, e em doses acima das recomendadas pode provocar vômitos e diarreias.

"Também devemos ter cuidado com relação às interações medicamentosas. A Mikania glomerata deve ser usada com cautela quando o paciente estiver em tratamento com corticóides e anti-inflamatórios, e não deve ser utilizada por pacientes que estejam em tratamento com anticoagulantes, pois as cumarinas presentes na planta podem potencializar seus efeitos e antagonizar o efeito da vitamina K, com risco de hemorragia para o paciente", enfatizou Ângela.

No entanto, essas informações valem somente para a Mikania glomerata, pois somente este "Guaco" foi estudado, mostrando mais uma vez a importância do nome científico da planta, porém isso não significa que os outros Guacos não tenham contraindicações, elas apenas não foram estudadas. "Por isso é muito importante escolher plantas medicinais validadas, pois os estudos garantem seu uso seguro, racional e podemos ponderar riscos e benefícios", alerta.

Neste sentido, a Unesc, mantém desde o ano 2000 um projeto de extensão em parceria com a Pastoral da Saúde da Diocese de Criciúma (SC), Regional Sul IV. É realizada capacitação com os acadêmicos e desenvolvidas pesquisas em bibliografias e sites científicos sobre as plantas medicinais. Paralelamente ocorrem encontros mensais com as agentes da Pastoral da Saúde interessadas em trocar experiências sobre taxonomia (classificação) cultivo e uso terapêutico das plantas medicinais.

O projeto conta com mais de 60 plantas estudadas que resultaram na elaboração de seis apostilas e pesquisas acadêmicas. A troca de informações, segundo Ângela, se multiplica na comunidade de Criciúma e região por meio da prática e do convívio comunitário das agentes da Pastoral da Saúde, que participam dos encontros mensais, e estas repassam as informações às demais agentes integradas à Pastoral da Saúde. Na Universidade o conhecimento gerado durante os encontros se materializa por meio da participação dos professores, acadêmico-bolsistas e voluntários, projetos de pesquisa e acadêmicos.

Confira as plantas para cada sintoma, segundo informações da Pastoral da Saúde:

Bronquite -- Abacaxi, alho, amora, bagas de gravatá, gengibre, guaco, mastruço, picão-preto e tansagem.

Gripe -- Abacaxi, alho, casca de banana, cebola, erva-doce, eucalipto, falsa pulmonária, folha da fortuna, guaco, gengibre, hortelã, limão, mastruço, sabugueiro, salsa e tansagem.

Resfriado -- Alecrim, eucalipto cheiroso, gengibre, falsa pulmonária, limão, mastruço, pariparoba, sabugueiro, salsa e violeta.

Rouquidão -- Alho, gengibre (colocar na boca e mascar o equivalente ao tamanho de uma unha).

Tosse -- Amora, alecrim, casca de banana, cordão de frade, gengibre, guaco, mastruço, picão preto, quitoco e salsa.

FONTE

Universidade do Extremo Sul Catarinense
Daniela Savi - Jornalista
Telefone: (48) 3431-2547

Links referenciados

Agência Nacional de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br

Universidade do Extremo Sul Catarinense
www.unesc.net

Unesc
www.unesc.net

Sistema de plantio direto garante fertilidade integral do solo


noticias :: Por Editor em 03/08/2011 :: imprimir pdf enviar celular



Com a aproximação da safra de verão 2011/2012, chega o momento de os agricultores gaúchos voltarem sua atenção para o solo. Enquanto alguns agricultores o revolvem, incorporando os restos de palha e vegetais, grande parte já opta pelo plantio direto, prática da agricultura conservacionista que, quando empregada corretamente, garante a saúde do terreno em longo prazo. Segundo o censo do IBGE de 2006, em 73% da área de grãos das regiões administrativas da Emater/RS-Ascar de Erechim, Ijuí e Passo Fundo, o plantio já era realizado por meio desta técnica.

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Sistema de plantio direto garante fertilidade integral do solo


Com este método de semeadura, opta-se por manter os resíduos e revolver o solo apenas nos pontos onde são depositadas as sementes, de forma a evitar sua exposição direta à ação do sol e da chuva. "Em um terreno desnudo, em dias de sol, a temperatura da superfície pode atingir até 55ºC, perdendo mais água por evaporação e chegando a déficits hídricos mais rápido do que no plantio direto. Além disso, com a retirada da palha, a água escorre com mais facilidade, o que favorece a erosão", alerta o engenheiro agrônomo e doutor em solos da Emater/RS-Ascar, Edemar Streck.

O produtor Eivar Rissee, de Passo Fundo, conta que a produtividade da lavoura melhorou substancialmente depois que ele passou a empregar o plantio direto. Ele ressalta a importância de se manter a cobertura vegetal. "A palha protege o solo e evita a erosão", destaca.

Apesar de aparentemente simples, para que seja efetivo e se perpetue ao longo dos anos, o plantio direto precisa ser acompanhado de uma série de cuidados especiais, como a rotação de culturas, o terraceamento, o plantio em contorno e a manutenção da cobertura vegetal. "Para perpetuar o plantio direto, o agricultor deve adotar todo o sistema que permite manter a fertilidade integral do solo, química, física e biologicamente", frisa o pesquisador da Embrapa Trigo, José Eloir Denardin. Ele explica que, para se obter esta fertilidade, não basta fornecer somente os nutrientes às plantas: é preciso que o solo esteja fisicamente saudável, de forma que as raízes consigam penetrar em profundidade para retirar água e incorporar a matéria orgânica.

Para que isto seja possível, o plantio direto deve ir além de seus dois preceitos básicos: revolver o solo apenas nos pontos onde serão depositadas as sementes e manter a cobertura vegetal. "É preciso que haja diversificação de espécies, por meio da rotação ou consorciação de culturas, minimização do intervalo entre colheita e semeadura, objetivando estabelecer um processo contínuo", enumera Denardin. Com isso, o sistema sofre um menor grau de perturbação, quando comparado a outras formas de manejo.

Streck observa que, quando o produtor que opta pelo plantio direto não adota todos estes cuidados, o resultado pode ser a erosão do terreno. "O plantio direto realizado hoje no Rio Grande do Sul é de qualidade indesejada, com pouca palha e sem terraceamento, o que causa muita erosão", avalia. Para reverter este quadro, reforça, é fundamental não restringir o plantio direto ao abandono do preparo do solo: ele precisa vir acompanhado da adoção de todo o sistema de uso, manejo e conservação de solo.

Seguindo todos estes preceitos, pesquisador e técnico concordam que o sistema de plantio direto é uma ferramenta da agricultura conservacionista indispensável para garantir a sustentabilidade da produção. Através deste método, o solo é protegido contra agentes erosivos, o impacto da chuva e as variações de temperatura, viabilizando-se de modo contínuo a semeadura direta.

FONTE

Emater/RS-Ascar
Patrícia Strelow - Jornalista
Telefone: (51) 2125-3104

Links referenciados

Patrícia Strelow
pstrelow@emater.tche.br

Emater/RS-Ascar
www.emater.tche.br

plantio direto
www22.sede.embrapa.br/plantiodireto

Embrapa Trigo
www.cnpt.embrapa.br

Wednesday, August 03, 2011

De quintal a reserva legal KÁTIA ABREU

De quintal a reserva legal KÁTIA ABREU

Folha de SP - 23/07/11

O Brasil prosperou, e já não é quintal; mas, como exportador de alimentos, tornou-se réu ambiental

Houve um tempo em que os Estados Unidos se referiam ao Brasil, em tom jocoso, como "o nosso quintal", dito que aqui acatávamos como fatalismo humilhante.
Os tempos mudaram, o Brasil prosperou, não obstante exibir ainda imenso contencioso de problemas. Mas já não é quintal.
No setor agrícola, por exemplo, o Brasil passou, a partir de meados da década dos anos 1970, de importador de alimentos à autossuficiência.
Duas décadas depois, já disputava na linha de frente o mercado mundial como exportador.
Está hoje entre os três maiores exportadores mundiais, com potencial para superar os outros dois.
Nessa condição, deparou-se com outro tipo de pressão. Tornou-se réu ambiental.
Embora toda a revolução agrícola aqui processada, graças ao uso intensivo de tecnologia, tenha ocorrido praticamente sem expandir a área de plantio -a ocupação produtiva cresceu, em meio século, apenas 5%, de 23% para 28%-, o país está na lista negra das ONGs (organizações não governamentais) ambientais -a maioria estrangeiras.
É acusado de predador ambiental, não obstante, nesse período, a área preservada dentro das propriedades tenha aumentado 68,5%, já que nelas passou a ser exigido um percentual de vegetação nativa.
Hoje, o Brasil é o único grande produtor de alimentos a ter 61% de seu território intocado.
Não há nada semelhante no planeta, e os produtores brasileiros jamais postularam a redução dessa área de vegetação nativa, que, na Europa, é de -pasmem- 0,2% e nos Estados Unidos, de 23%, para citar apenas as duas regiões que sediam as ONGs que mais veemente pressão política e moral exercem sobre nossa produção rural.
O termo "reserva legal", que consta do Código Florestal, só existe aqui. É uma jabuticaba jurídica, que não agrega nenhuma função ambiental. Foi-nos imposta por essas ONGs, que não se mostram tão indignadas com a degradação ambiental em seus próprios países. Se "reserva legal" fosse unanimidade, não existiria só no Brasil.
O que está em pauta é uma guerra pelo mercado de alimentos, em que o ambiente é mero pretexto.
Alguns nela embarcam de boa-fé, por inocência e desinformação; outros, de má-fé mesmo. Duvidam?
Pois leiam o relatório "Farms here, forest there" ("Fazendas aqui, florestas lá"), da Shari Fem, David Gardiner & Associados, publicado em dezembro do ano passado.
Já no título, diz-se o que se pretende: que o Brasil arque sozinho com o ônus ambiental, enquanto os Estados Unidos cuidam da produção de madeira e de alimentos.
O documento, disponível no site da ONG Union of Concerned Scientists, faz minucioso estudo sobre os ganhos dos setores agropecuário e madeireiro norte-americanos, se obtiverem o que o relatório propõe: produção, aqui (Estados Unidos); preservação, lá (florestas tropicais -Brasil).
Vejam este trecho do relatório: "A agricultura dos Estados Unidos e as indústrias de produtos florestais podem se beneficiar financeiramente com a conservação das florestas tropicais por meio de políticas climáticas, (...), que poderiam aumentar nossa receita agrícola de US$ 190 bilhões para US$ 270 bilhões entre 2012 e 2030".
Em outro trecho: "Proteger as florestas tropicais através de financiamentos climáticos permitirá aos produtores de biocombustíveis nos Estados Unidos prosperarem com menos preocupações sobre o impacto ambiental de sua produção".
A síntese está nesta frase, de Dwayne Siekman, da Associação de Produtores de Milho de Ohio: "Parar o desmatamento tropical é uma vitória para a competitividade da agricultura dos EUA (...)".
Esses interesses estão mais do que nunca exacerbados com a perspectiva de aprovação, no Senado, do novo Código Florestal. Não se trata, porém, de ambiente, mas de luta por mercados. Querem nos passar de quintal a reserva legal.
O que é espantoso é a adesão entusiástica, quase religiosa, da militância ambientalista do Brasil, endossando as mesmas teses, mesmo as mais desonestas, em nome de não se sabe bem o quê.
Do interesse da população brasileira é que não é.

Javalis causam prejuízos à safra de milho em Rio Brilhante, MS

Parabéns a todos os pseudo-ambientalistas imbecis e burrocratas!!! Os javalis só tem aumentado em todo o país e já chegam relatos de produtores que desesperados estão utilizando de iscas envenenadas e que estão matando diversos tipos de animais nativos!!!

Monday, August 01, 2011

Vale do Paranapanema - Javaporco causa prejuízo à produtores de milho em SP

01/08/2011 06h27 - Atualizado em 01/08/2011 06h32

Javaporco causa prejuízo à produtores de milho em SP

O animal é fruto do cruzamento do javali com o porco.
Ele invade as lavouras e come tudo o que vê pela frente.

Do Globo Rural

Vejam video: http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2011/08/javaporco-causa-prejuizo-produtores-de-milho-em-sp.html


A área devastada no meio do milharal é resultado de mais um ataque dos animais no Vale do Paranapanema, centro-oeste paulista. O produtor rural Jorge Jaede deixará de colher 750 sacas de milho, um prejuízo de quase R$ 20 mil.

As perdas com os ataques começaram na época do plantio de milho. “Esse ano, o javaporco está comendo a semente também, fora o dano causado por pisotear a lavoura. O estrago é grande”, diz o agrônomo João Souza.

Na fazenda de Renato Elzer, nem mesmo a cerca elétrica ao lado do milharal afugentou os animais. Outra medida que alguns produtores tomaram para tentar coibir o ataque de javaporcos é colocar armadilhas, mas até agora o resultado não apareceu.

O javaporco é resultado do cruzamento do porco com javali. Ele já foi visto em várias regiões do estado de São Paulo e alguns ultrapassam os 200 quilos. Eles andam em bando de até 30 animais e os ataques ocorrem à noite. Durante o dia, eles se escondem em matas próximas às lavouras.

A caça ao javaporco chegou a ser autorizada pelo Ibama em São Paulo e no Rio Grande do Sul, mas recentemente o instituto decidiu suspendê-la. Diante disso, matar o animal é crime ambiental em todo o país.

Colisão de carro contra lebre na estrada