Saturday, June 27, 2009

WORKSHOP INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA-SILVICULTURA/FLORESTA (ILPS)





PROGRAMAÇÃO DO WORKSHOP
INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA-SILVICULTURA/FLORESTA (ILPS)
(23 de junho de 2.009 - terça-feira)
08:00 - 08:30
Inscrições
08:30 – 09:00
Abertura
09:00 – 09:45
Integração Lavoura-Pecuária-Silvicultura/Floresta – Diversificação e Sustentabilidade para o Agronegócio Brasileiro
Alysson Paolinelli - Produtor Rural e Consultor
09:45 – 10:00
Intervalo para café
10:00 – 10:30
Integração Lavoura-Pecuária-Silvicultura/Floresta - A visão do Governo do Estado de Minas Gerais”.
Gilman Viana Rodrigues - SEAPA
10:30 – 11:30
Resultados de pesquisa com a ILP e com a ILPS no Estado de Minas Gerais.
Embrapa Milho e Sorgo; Epamig; UFV; UFLA etc.
11:30 – 12:00
A produção de alimentos e a preservação ambiental – Um modelo para a ILPS/F, com uso do plantio direto.
Alfredo Scheid Lopes – UFLA/Cons. Tec. da ANDA
12:00 – 13:00
Experiências da EMATER com a ILP e com a ILPS no Estado de Minas Gerais.
Walfrido Machado - Sete Lagoas e Rogério J. Gomes - Viçosa
13:00 – 14:00
Intervalo para almoço
14:00 – 15:00
Experiências de Produtores com a ILP e com a ILPS no Estado de Minas Gerais.
Rowena Betina Petrol Rodrigues-Faz. Agropel – Paracatu; André Souza-COPERVAP - Projeto ILPS/F com pequenos produtores de Paracatu.
15:00 – 15:30
Serviços Ambientais gerados pelo produtor de PD e ILPS
Ronaldo Trecenti - Campo Consultoria e Agronegócios
15:30 – 15:45
Programa ILPS do MAPA e Projeto ILPS 2008/09
Marcos de Matos Ramos – Campo Consultoria e Agronegócios
15:45 – 16:00
Intervalo para café
16:00 – 16:30
Desafios para a implementação da ILPS no Estado de Minas Gerais.
COOPA; COOPERVAP; Emater-MG; etc.
17:00 – 18:00
Estabelecimento de ações estratégias para a expansão da ILPS em MG Moderador: Paulo Afonso Romano – Secretário Adjunto da Secretaria de
Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
18:00
Encerramento e entrega de certificados
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Thursday, June 25, 2009

Preservação já dá dinheiro a agricultores de três cidades

Ambiente: Benefício é concedido a produtor que mantém mananciais

Bettina Barros, de Rio Claro (RJ) e Extrema (MG) 25/06/2009

Produtores rurais de três municípios brasileiros já estão sendo pagos para manter vivas e saudáveis o que é considerado hoje um ativo tão precioso quanto rebanhos de gado e lavouras agrícolas: as suas nascentes de água.

Um grupo de 147 propriedades aderiu a essa iniciativa inédita no país - o conceito de pagamento por serviços ambientais, que recompensa financeiramente aqueles que preservarem matas estratégicas para a conservação da água.

Entre 2008 e 2009, proprietários rurais de Extrema (MG), Rio Claro (RJ) e Alfredo Chaves (ES) colocaram no bolso quantias mensais ou semestrais que variam de R$ 300 a R$ 3 mil, graças aos benefícios ecológicos por eles prestados. Projetos similares despontam em Joanópolis e Nazaré Paulista (SP), São Paulo, Camboriú (SC), Apucarana (PR) e no Distrito Federal. A expectativa é de que, no futuro próximo, surja um novo profissional no agronegócio brasileiro: o "produtor de água", premiado por uma commodity à altura de qualquer outra.

A lógica desse negócio parte do fato inequívoco de que é a propriedade rural o maior abastecedor de água para o país, irrigando não só o campo mas as áreas urbanas. Por esse motivo, se as nascentes continuarem a tendência de queda de vazão por práticas agrárias erradas - como já acontece - metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro irão simplesmente secar. Ruim para a agricultura, para a indústria e para o usuário comum (você).

"Só o comando e controle do desmatamento não funciona", explica Paulo Henrique Pereira, o diretor de Meio Ambiente de Extrema que esboçou os primórdios do projeto "Conservador das Águas", pontapé que tornou o município o primeiro a realizar o pagamento por serviços ambientais às propriedades mineiras. Na prática, o projeto paga para que a legislação ambiental seja cumprida. O Código Florestal determina que nascentes, matas ciliares e mananciais sejam Áreas de Preservação Permanente, e que se mantenha 20% da propriedade com cobertura vegetal (Reserva Legal). "Recompensar economicamente foi uma necessidade. Só é possível fazer a reversão da degradação com apoio financeiro aos produtores", diz Pereira.

Extrema é um município que, como tantos outros, sofre de dualismos: seu PIB é relativamente alto devido à presença de indústrias como Bauducco e Kopenhagen, mas a renda média per capita não chega sequer a dois salários mínimos. Essencialmente rural, o município rico em água acompanha gradativamente a queda de vazão, que colocou em alerta o poder público.
Quatro anos de investigação culminaram em um diagnóstico ambiental que dá a pista da origem do problema: apenas 22% das matas de Extrema estão de pé. O resto da Mata Atlântica desapareceu sob a colcha de pequenas propriedades onde o gado leiteiro predomina. A corrida agora é para saber o tamanho do prejuízo - o balanço hídrico atual da região.

"Vimos que era preciso trabalhar nossos mananciais", diz Pereira, desde 1994 no cargo. E, assim, o governo local começou a se mexer.

Para dar viabilidade ao projeto, a Prefeitura de Extrema incluiu como prioridade em seu Plano Plurianual de 2005 um orçamento anual de R$ 150 mil para o pagamento pelos serviços ambientais a seus produtores. A decisão foi a base para a criação da lei 2.100/2005, que possibilitou o repasse de dinheiro público ao setor privado.

Com apoio técnico e de suprimentos de parceiros como a organização ambiental The Nature Conservancy (TNC) e o Instituto Estadual Florestal (IEF), Extrema foi dividida em sete sub-bacias do rio Jaguari, que corta a cidade. A ideia foi começar logo pelo mais difícil: restaurar a vegetação da sub-bacia mais degradada, Posses. São 1,3 mil hectares, 109 propriedades. "É uma área bastante fragmentada e com menos de 10% da cobertura vegetal", diz o engenheiro agrônomo Aurélio Padovezi, da TNC.

A segunda fase do projeto, já iniciada, é na sub-bacia de Salto. Aqui, 13 proprietários já recebem dinheiro do projeto, perfazendo uma área de cerca de 550 hectares.

A lei estabelece pagamentos mensais aos produtores, que assinam um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Prefeitura. O pagamento é de 100 unidades fiscais (R$ 169) por hectare/ano e é baseado na área da propriedade. Cabe ao produtor abrir mão de atividades agrícolas em áreas de nascentes. E só. O projeto se encarrega de cercar as áreas, plantar mudas e monitorar. "O produtor não gasta nada. Só recebe", afirma Padovezi.

"No campo, a gente já ganha minoria (sic). Sem apoio, é difícil", diz Terezinha de Moraes Oliveira, de 56 anos. Ela e o marido, Benedito de Oliveira, 60, vivem das 30 cabeças de gado que dão até 50 litros de leite por dia. Tiram, em média, R$ 500 por mês. Por terem uma nascente na propriedade de 14 hectares, recebem de Extrema R$ 205. Quase metade da renda do casal.
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Tuesday, June 16, 2009

Integração Lavoura-Pecuária: pesquisa comprova melhor utilização do solo

http://www.agrosoft.org.br/agropag/210687.htm

De um lado a lavoura; do outro a pecuária. Ao centro, o objeto comum de ambas: o solo. Para diminuir a derrubada de florestas para que seja feita a expansão agropecuária, pesquisadores da Embrapa Cerrados, unidade localizada em Planaltina (DF), desenvolvem um trabalho com o objetivo de integrar as duas áreas de atuação.Segundo Robélio Leandro Marchão, pesquisador da Unidade e atuante no projeto Integração Lavoura-Pecuária: Uma proposta de produção sustentável para a Região do Cerrado e áreas de influência, essa proposta já é realidade no Brasil. "Isso se deve graças aos esforços da pesquisa, a perseverança e a dedicação dos nossos produtores, que sempre estão em busca de inovações", afirma.A Embrapa Cerrados acompanha os desdobramentos da ação no Oeste da Bahia. "Lá os produtores especializados em produção de grãos e fibras estão firmando parcerias com pecuaristas especializados em recria e terminação de animais, que estão sendo terminados semiconfinados nas pastagens implantadas em sistema de consórcio com milho", observa o pesquisador. "Além da intensificação do uso da terra, a ILP está trazendo grandes benefícios ao sistema de plantio direto, que é uma tecnologia imprescindível para a sustentabilidade dos solos arenosos do cerrado baiano."O tempo para a implantação tanto da lavoura quanto da pecuária em uma área obedecem o calendário agrícola, que coincide com o período chuvoso. Já as pastagens são implantadas na entressafra, que acontece, no Cerrado, na estação seca. "Assim é possível utilizar as áreas de lavoura para engorda e terminação de bovinos num período em que normalmente não estaria sendo conduzida nenhuma atividade na fazenda. As pastagens na ILP permanecem verde por praticamente todo o período seco, em uma época em que é comum encontrar pastagens completamente secas e com baixissimo valor nutritivo", diz Marchão.ECONOMIAO pesquisador afirma que o modelo traz benefícios econômicos. "O que vem acontecendo nos últimos anos é que a atividade pecuária sozinha não consegue pagar os investimentos necessários à manutenção das pastagens e os pecuaristas entraram em um ciclo vicioso de cada vez menores índices zootécnicos e maior o custo de renovação/recuperação das suas pastagens", analisa Marchão. "Se o produtor de grãos dedica parte do seu capital à pecuária, ele acaba aplicando o recurso em uma atividade de menor risco quando se compara a pecuária com a agricultura. Na safra passada, por exemplo, nós acompanhamos um caso de um produtor que fazia ILP e teve sua safra de grãos comprometida devido à falta de chuvas. Com a venda dos animais ele conseguiu pagar os insumos que foram adquiridos para a implantação da lavoura", complementa.Do ponto de vista do solo, a não variabilidade de aplicações a serem feitas traz uma perda na biomassa. "A causa [de uma área territorial improdutiva] está mais relacionada à degradação das pastagens que, devido ao manejo errado da própria pastagem (superpastejo) associado à ausência de reposição e manutenção da fertilidade do solo, leva a uma condição de baixíssima produtividade da pecuária", comenta. "Após a degradação da pastagem que tem como consequência uma baixa produção de biomassa e uma redução da cobertura do solo, ocorre também a degradação do solo (compactação, desagregação), que em condições extremas pode causar erosão, assoreamento e poluição dos cursos d'água".BENEFÍCIOS DA ILPRobélio Marchão aponta que há um sinergismo quando se unifica as duas atividades. Ele comenta que a pastagem, devido ao seu sistema radicular abundante e agressivo associada a produção de uma grande quantidade de biomassa, pode favorecer a qualidade física e biológica do solo e aumentar produtividade das culturas anuais subsequentes. "Na lavoura implantada logo após a pastagem, a melhoria da qualidade do solo permite ainda reduzir o uso de fertilizantes devido a uma maior eficiência de utilização destes pelas plantas. Da mesma forma há uma redução do uso de defensivos devido à menor incidência de pragas e doenças".Para a área estudada, a Embrapa Cerrados desenvolveu sistemas de consórcio entre culturas anuais e pastagens. "As culturas mais utilizadas no consórcio com gramíneas forrageiras são o milho, o sorgo e o arroz", explica o pesquisador. Por outro lado, a soja não possui ainda resultados consistentes. "Mas a Embrapa está trabalhando para desenvolver novas cultivares de forrageiras (pastagens) que sejam adaptadas ao consórcio com a soja. Novas linhas de pesquisa estão sendo trabalhadas graças ao advento da soja transgênica, que permite um maior controle do sistema utilizando herbicidas para controlar o crescimento do capim".DESAFIOS FUTUROSMarchão aponta que existe uma barreira a ser ultrapassada para o desenvolvimento da ILP. "A entrada de animais em áreas tradicionais de grãos exige uma estrutura física e logística que, muitas vezes, pode tornar inviável a integração. Para os agricultores, o alto custo dos animais, a falta de crédito e a ausência de abatedouros próximo à região são desafios que ainda necessitam ser superados. Para os pecuaristas, o alto custo do maquinário, a falta de assistência técnica e questões culturais ainda são barreiras à atividade de produção de grãos", observa.Para o futuro, além da tentativa de resolver alguns gargalos do sistema, está sendo estudada uma nova adição ao ILP. "A inclusão do componente florestal (integração lavoura-pecuária-floresta - ILPF) está sendo estudada e é uma aposta da Embrapa na busca da sustentabilidade da agropecuária brasileira", comenta.Apesar do trabalho ter sido desenvolvido na Embrapa Cerrados, ele foi realizado em rede com outras unidades da empresa, o que cria novas perspectivas de aplicabilidade. "Isso permite que os resultados sejam aplicados nos diferente biomas, desde que sejam respeitadas as características e especificidades de cada região", finaliza Marchão. FONTERede de Inovação e Prospecção Tecnológica para o AgronegócioMichel Lacombe - Jornalista
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