Friday, October 02, 2009

Integração lavoura-pecuária garante rentabilidade ao produtor de ovinos



Integração lavoura-pecuária garante rentabilidade ao produtor
http://www.agrolink.com.br/noticias/ClippingDetalhe.aspx?CodNoticia=135800

02/10
“A tecnologia de integração lavoura-pecuária é uma forma de melhorar a qualidade final do produto”, enfatizou o criador Erbert Correa Araújo, no Dia de Campo Integração Lavoura-Pecuária (ILP): Caprinos e Ovinos, promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), nesta quinta-feira (1º), em Brasília.Araújo cria mil cabeças de ovelhas em propriedade de 70 hectares, a 90 quilômetros de Brasília. Há quatro anos, investiu no sistema ILP e recuperou a pastagem degradada com o plantio de milho e feijão-guandu. “A economia nos custos da produção com o investimento em tecnologia foi revertida para o crescimento do rebanho e, consequentemente, trouxe ganhos para o criador. Hoje recebemos de R$ 95 a R$ 100 por arroba”, afirmou.ILP - O sistema torna viável a recuperação de pastagens e solos degradados com maior garantia para a produção, ganhos sociais e ambientais. Além disso, é uma alternativa para aumentar a melhorar a produção, abrindo novos mercados. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
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Saturday, September 12, 2009

Grupo CAMPO: Comissão do Senado sugere que Executivo apresente projeto para instituir política para ILPF



Comissão do Senado sugere que Executivo apresente projeto para instituir política para iLPF: Comissão de Meio Ambiente do Senando discute o sistema iLPF
Créditos: Valéria Costa
A Embrapa tem tecnologia disponível para triplicar a produção brasileira de alimentos, fibras e energia e ainda aumentar a produção de carne e leite ocupando apenas os cerca de 50 milhões de hectares de pastagens em degradação existentes no País sem derrubar uma única árvore. É o sistema que integra, numa mesma propriedade, Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF).



Mas, para ser adotado em larga escala no médio e longo prazos, precisa do suporte de políticas públicas. Com o objetivo de criar essa estrutura, tramita no Senado Federal o Projeto de Lei 260/2007, que foi debatido em audiência pública da Comissão de Meio Ambiente realizada no último dia 8.

Após a palestra do agrônomo da Embrapa Transferência de Tecnologia, Luiz Carlos Balbino, sobre o funcionamento e os resultados do sistema, a senadora Marina Silva avaliou que "não há tempo a perder". Em consenso com os demais membros da comissão e convidados presentes, sugeriu que o projeto seja "construído como uma ação do executivo" como forma de dar celeridade ao processo.

O representante do Ministério do Meio Ambiente (MMA) presente à audiência, Roberto Vizentin, fará a intermediação junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A idéia é estudarem uma eventual propositura do Poder Executivo para o projeto que visa instituir a Política Nacional de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta para viabilizar a adoção do sistema que alia conservação ambiental com desenvolvimento sustentável no país.

Melhoria na qualidade do solo e na eficiência de insumos, retenção de água e diminuição de gases de efeito estufa, além da economia de até 80% de energia com a adoção da iLPF foram algumas das vantagens apresentadas pelo representante da Embrapa aos parlamentares. O ex-ministro da agricultura, Alysson Paolinelli, que adota o sistema há sete anos em propriedade localizada em Minas Gerais, endossou os benefícios apontados pela pesquisa em depoimento feito na audiência.

"Estou feliz porque peguei uma propriedade ultradegradada e hoje é um exemplo. Tenho água até onde antes não tinha", declara Paolinellli, que representou o Grupo Campo. "A inovação tem um custo que a maioria não pode assumir", argumentou, lembrando que não se pode ver a implantação do sistema de forma "poética", mas como conseqüência de políticas de incentivo.

A exemplo do pesquisador da Embrapa, o ex-ministro ressaltou que é preciso que o produtor rural siga corretamente as orientações técnicas para obter resultados, o que evidencia a demanda por treinamento de multiplicadores e o crescente investimento em órgãos de assistência técnica e extensão rural, avaliaram.

A audiência pública contou com as presenças de José Manoel Caixeta Haum, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), e do representante da OnG Amigos da Terra, Brent Millikan.

Clique aqui para acessar o Projeto de Lei 260/2007 de autoria do senador Expedito Júnior (PR-RO).

PARA SABER MAIS

Integração Lavoura-pecuária-floresta - Embrapa Sede

Integração Lavoura-pecuária-floresta - Embrapa Gado de Leite

Linhas de Pesquisa em "Integração Floresta-Lavoura-Pecuária" - Embrapa Pecuária Sul

Busca de Sistemas iLPF

FONTE

Embrapa Transferência de Tecnologia
Valéria Costa – Jornalista
Telefone: (61) 3448-4510
valeria.costa@embrapa.br

Links referenciados

Linhas de Pesquisa em "Integração Floresta-Lavoura-Pecuária" - Embrapa Pecuária Sul
www.cppsul.embrapa.br/unidade/pesquisa:a
rea/11

Integração Lavoura-pecuária-floresta - Embrapa Gado de Leite
www.cnpgl.embrapa.br/nova/silpf/index.ph
p

Integração Lavoura-pecuária-floresta - Embrapa Sede
www.embrapa.br/kw_storage/keyword.2007-0
6-05.8012048948/keyword_context_view

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
www.agricultura.gov.br

Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil
www.canaldoprodutor.com.br

Embrapa Transferência de Tecnologia
www.embrapa.br/snt

Ministério do Meio Ambiente
www.mma.gov.br

Busca de Sistemas iLPF
www.cnpgl.embrapa.br/nova/silpf/index.ph
p?class=SilpSearchForm&method=onSearch

Amigos da Terra
www.amigosdaterra.org.br

Senado Federal
www.senado.gov.br

Valéria Costa
valeria.costa@embrapa.br

Clique aqui
www.senado.gov.br/sf/atividade/materia/d
etalhes.asp?p_cod_mate=81076

Grupo Campo
www.campo.com.br

Embrapa
www.embrapa.br

Monday, August 31, 2009

Ataque a carro da Campo Consultoria na Venezuela

O trabalho se estendeu no projeto e retornamos mais tarde do que o normal para Maracaíbo/Venezuela, no momento que aconteceu estavamos fazendo a alça de viaduto...dai como era curva e vi que estavamos entrando na cidade eu levantei um pouco o corpo do banco...foi questão de segundos e se deu o impacto! O motorista é um militar reformado, assim que ouviu o barulho perguntou se foi tiro e acelerou mais...perguntou se eu tava bem
Eu falei que tava e que não havia outro buraco no carro, então era pedra e não tiro, graças a Deus!!!Senão a essa hora eu já não estaria escrevendo neste blog...
Não dá pra xingar a Venezuela já que essa ação pra roubar carro é muito comum também no BR



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Wednesday, July 01, 2009

Investir na agricultura é chave para reduzir pobreza mundial

noticias :: Por Editor em 01/07/2009 :: imprimir pdf enviar celular


Investir na agricultura – principalmente na produção familiar – é a chave para a redução da pobreza e pode ajudar a solucionar as crises de alimentos, financeira e climática. A conclusão é do relatório Investir na Pequena Agricultura é Rentável, divulgado ontem (30/6) pela organização não governamental (ONG) britânica Oxfam International. O documento traça um histórico dos investimentos na agricultura e indica a necessidade de mais aporte financeiro e apoio tecnológico para os pequenos produtores, em especial nas áreas com maiores dificuldades de acesso e de produtividade.De acordo com o texto, 75% das pessoas pobres que sobrevivem com um dólar por dia trabalham e vivem em zonas rurais e a estimativa é de que em 2025 esse percentual ainda seja de mais de 65%. "Não é possível reduzir a pobreza, nem estimular globalmente a agricultura e os meios de vida rural sem renovar o compromisso público de investir mais e de forma mais inteligente – com pesquisa e desenvolvimento agrícola, assim como em setores de apoio: saúde, educação, infraestrutura e meio ambiente", sugere o relatório.Entre o fim da década de 80 e o início dos anos 90 a ajuda internacional para o desenvolvimento da agricultura caiu 75% e desde então o montante de recursos repassados tem se mantido baixo se comparado a períodos anteriores. Em 2007, por exemplo, a União Européia doou US$ 1,4 bilhão, mas investiu "assombrosos US$ 130 bilhões" em seus setores agrícolas internos, segundo a Oxfam.Em 2008, de acordo com a ONG, apenas US$ 1 bilhão dos US$ 12 bilhões prometidos pelas nações ricas chegaram de fato aos países pobres para lidar com a crise alimentar global. Outra crise, a financeira, pode agravar ainda mais a situação, diante da redução das reservas dos países e dos grandes aportes realizados para salvar instituições e a oferta de crédito. "A comunidade de [países] doadores está esgotando seus fundos, enquanto os governos nacionais veem seus depósitos minguarem".As soluções, segundo a Oxfam, devem ser compartilhadas entre governos, empresas e o terceiro setor e além de garantias de mais investimentos, passam por medidas como o desenvolvimento de mercados locais de sementes e o fortalecimento de organizações de pequenos produtores.A ONG defende ações prioritárias para os agricultores que vivem nas chamadas áreas marginalizadas – ambientes remotos, com terras frágeis e degradadas e sem acesso a serviços básicos como água, saúde e educação."Os agricultores de zonas marginais são os que mais cuidam das terras mais degradadas, conservam a biodiversidade agrícola e manejam alguns dos solos mais frágeis do mundo. São aliados cruciais na luta contra as mudanças climáticas".O relatório também mostra a necessidade de apoio a tecnologias de baixo custo, o fortalecimento dos direitos trabalhistas, com legislações que garantam mais proteção aos trabalhadores da agricultura, além de investimentos direcionados para as mulheres.O documento da Oxfam foi apresentado um dia antes da Assembléia da União Africana, que começa hoje (1º) na Líbia e terá como tema principal o investimento em agricultura para garantir segurança alimentar e crescimento econômico.



FONTEAgência BrasilLuana Lourenço - RepórterGraça Adjuto - Edição
Links referenciadosOxfam Internationalwww.oxfam.orgUnião Européiaeuropa.eu/index_pt.htmAgência Brasilwww.agenciabrasil.gov.br

95% dos produtores rurais de MT adotam plantio direto

6/22/2009 - 16:25
http://www.expressomt.com.br/noticia.asp?cod=31589&codDep=6

Utilizado hoje por cerca de 95% dos produtores rurais de Mato Grosso, o Sistema de Plantio Direto cada vez mais busca novas alternativas para difundir tecnologias.

Tanto, que para promover o intercâmbio de experiências entre agricultores, técnicos, estudantes, pesquisadores e profissionais do setor agropecuário do país será realizado o 10º Encontro de Plantio Direto no Cerrado, que começa na próxima quarta-feira, 24 e vai até 26 de junho, em Dourados (MS). A oitava edição do evento aconteceu no município de Tangará da Serra, no ano de 2005.


O engenheiro agrônomo Luciano Gonçalves, diretor do Departamento Técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), diz que o Estado vai participar como em todos os anos e que o evento é fundamental para o setor. Segundo ele, em Mato Grosso a utilização dessa técnica é mais frequente que na maioria dos estados brasileiros. "Hoje podemos dizer sem qualquer receio que o Sistema de Plantio Direto é relevante em todos os aspectos. Primeiro, falando do ponto de vista ambiental, porque contribui para a diminuição do aquecimento global. Segundo, em termos agronômicos, traz inúmeros benefícios para o solo, entre eles a preservação contra a lixiviação e ocorrência de erosões".


O engenheiro ainda explica que não há restrição para a utilização do plantio direto para nenhuma cultura. Segundo ele, hoje, os produtores rurais a utilizam nas plantações de soja, algodão, milho e tantas outras. O que acontece é que o manejo, se comparado com a forma tradicional, é completamente diferente. Contudo, os profissionais já se qualificam nas universidades e saem preparados para o domínio do plantio direto.


A adoção do conjunto das tecnologias que constituem o Sistema Plantio Direto (SPD) é de fundamental importância para a produção agropecuária, especialmente para o bioma Cerrado, uma vez que este sistema constitui-se na forma mais moderna de produção, permitindo suportar de forma mais eficiente as adversidades climáticas e estruturais do setor rural, além de ser a alternativa mais adequada para conciliar produção de alimentos, fibras e energia com sustentabilidade ambiental.


Ao incluir a integração da lavoura com a pecuária e a floresta, entre os assuntos a serem discutidos no evento, os organizadores esperam contribuir de forma marcante para a adoção desta forma integrada de produção na região e despertar maior interesse do meio acadêmico, ampliando estudos relacionados a este tema.


Entre as palestras programadas para o dia 24 estão: Estado da arte do Plantio Direto no Brasil avaliado pelo Rally da Safra 2009, com Ondino Bataglia, da Fundação Agrisus; O SPD no Brasil e no mundo, por Dirceu Gassen, da Cooperativa dos Agricultores de Plantio Direto, e Intensificação da rotação de culturas: desafio à construção de solo fértil", com o pesquisador José Eloir Denardin, da Embrapa Trigo.


No dia 25, serão ministrados mini-cursos e realizadas visitas técnicas em áreas com experimentos ou uso consolidado em Sistema de Plantio Direto e Integração Lavoura-Pecuária. No dia 26, haverá outro ciclo de palestras, entre elas: Sistema integrado de produção agrosilvipastoril, de Vanderlei Porfírio da Silva da Embrapa Florestas, e Transformações do solo sob SPD - Estados Unidos, com Kip Balkcom do Agricultural Research Service/United States Department of Agriculture.
Fonte: ExpressoMT/Gazeta Digital

Saturday, June 27, 2009

WORKSHOP INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA-SILVICULTURA/FLORESTA (ILPS)





PROGRAMAÇÃO DO WORKSHOP
INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA-SILVICULTURA/FLORESTA (ILPS)
(23 de junho de 2.009 - terça-feira)
08:00 - 08:30
Inscrições
08:30 – 09:00
Abertura
09:00 – 09:45
Integração Lavoura-Pecuária-Silvicultura/Floresta – Diversificação e Sustentabilidade para o Agronegócio Brasileiro
Alysson Paolinelli - Produtor Rural e Consultor
09:45 – 10:00
Intervalo para café
10:00 – 10:30
Integração Lavoura-Pecuária-Silvicultura/Floresta - A visão do Governo do Estado de Minas Gerais”.
Gilman Viana Rodrigues - SEAPA
10:30 – 11:30
Resultados de pesquisa com a ILP e com a ILPS no Estado de Minas Gerais.
Embrapa Milho e Sorgo; Epamig; UFV; UFLA etc.
11:30 – 12:00
A produção de alimentos e a preservação ambiental – Um modelo para a ILPS/F, com uso do plantio direto.
Alfredo Scheid Lopes – UFLA/Cons. Tec. da ANDA
12:00 – 13:00
Experiências da EMATER com a ILP e com a ILPS no Estado de Minas Gerais.
Walfrido Machado - Sete Lagoas e Rogério J. Gomes - Viçosa
13:00 – 14:00
Intervalo para almoço
14:00 – 15:00
Experiências de Produtores com a ILP e com a ILPS no Estado de Minas Gerais.
Rowena Betina Petrol Rodrigues-Faz. Agropel – Paracatu; André Souza-COPERVAP - Projeto ILPS/F com pequenos produtores de Paracatu.
15:00 – 15:30
Serviços Ambientais gerados pelo produtor de PD e ILPS
Ronaldo Trecenti - Campo Consultoria e Agronegócios
15:30 – 15:45
Programa ILPS do MAPA e Projeto ILPS 2008/09
Marcos de Matos Ramos – Campo Consultoria e Agronegócios
15:45 – 16:00
Intervalo para café
16:00 – 16:30
Desafios para a implementação da ILPS no Estado de Minas Gerais.
COOPA; COOPERVAP; Emater-MG; etc.
17:00 – 18:00
Estabelecimento de ações estratégias para a expansão da ILPS em MG Moderador: Paulo Afonso Romano – Secretário Adjunto da Secretaria de
Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
18:00
Encerramento e entrega de certificados
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Thursday, June 25, 2009

Preservação já dá dinheiro a agricultores de três cidades

Ambiente: Benefício é concedido a produtor que mantém mananciais

Bettina Barros, de Rio Claro (RJ) e Extrema (MG) 25/06/2009

Produtores rurais de três municípios brasileiros já estão sendo pagos para manter vivas e saudáveis o que é considerado hoje um ativo tão precioso quanto rebanhos de gado e lavouras agrícolas: as suas nascentes de água.

Um grupo de 147 propriedades aderiu a essa iniciativa inédita no país - o conceito de pagamento por serviços ambientais, que recompensa financeiramente aqueles que preservarem matas estratégicas para a conservação da água.

Entre 2008 e 2009, proprietários rurais de Extrema (MG), Rio Claro (RJ) e Alfredo Chaves (ES) colocaram no bolso quantias mensais ou semestrais que variam de R$ 300 a R$ 3 mil, graças aos benefícios ecológicos por eles prestados. Projetos similares despontam em Joanópolis e Nazaré Paulista (SP), São Paulo, Camboriú (SC), Apucarana (PR) e no Distrito Federal. A expectativa é de que, no futuro próximo, surja um novo profissional no agronegócio brasileiro: o "produtor de água", premiado por uma commodity à altura de qualquer outra.

A lógica desse negócio parte do fato inequívoco de que é a propriedade rural o maior abastecedor de água para o país, irrigando não só o campo mas as áreas urbanas. Por esse motivo, se as nascentes continuarem a tendência de queda de vazão por práticas agrárias erradas - como já acontece - metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro irão simplesmente secar. Ruim para a agricultura, para a indústria e para o usuário comum (você).

"Só o comando e controle do desmatamento não funciona", explica Paulo Henrique Pereira, o diretor de Meio Ambiente de Extrema que esboçou os primórdios do projeto "Conservador das Águas", pontapé que tornou o município o primeiro a realizar o pagamento por serviços ambientais às propriedades mineiras. Na prática, o projeto paga para que a legislação ambiental seja cumprida. O Código Florestal determina que nascentes, matas ciliares e mananciais sejam Áreas de Preservação Permanente, e que se mantenha 20% da propriedade com cobertura vegetal (Reserva Legal). "Recompensar economicamente foi uma necessidade. Só é possível fazer a reversão da degradação com apoio financeiro aos produtores", diz Pereira.

Extrema é um município que, como tantos outros, sofre de dualismos: seu PIB é relativamente alto devido à presença de indústrias como Bauducco e Kopenhagen, mas a renda média per capita não chega sequer a dois salários mínimos. Essencialmente rural, o município rico em água acompanha gradativamente a queda de vazão, que colocou em alerta o poder público.
Quatro anos de investigação culminaram em um diagnóstico ambiental que dá a pista da origem do problema: apenas 22% das matas de Extrema estão de pé. O resto da Mata Atlântica desapareceu sob a colcha de pequenas propriedades onde o gado leiteiro predomina. A corrida agora é para saber o tamanho do prejuízo - o balanço hídrico atual da região.

"Vimos que era preciso trabalhar nossos mananciais", diz Pereira, desde 1994 no cargo. E, assim, o governo local começou a se mexer.

Para dar viabilidade ao projeto, a Prefeitura de Extrema incluiu como prioridade em seu Plano Plurianual de 2005 um orçamento anual de R$ 150 mil para o pagamento pelos serviços ambientais a seus produtores. A decisão foi a base para a criação da lei 2.100/2005, que possibilitou o repasse de dinheiro público ao setor privado.

Com apoio técnico e de suprimentos de parceiros como a organização ambiental The Nature Conservancy (TNC) e o Instituto Estadual Florestal (IEF), Extrema foi dividida em sete sub-bacias do rio Jaguari, que corta a cidade. A ideia foi começar logo pelo mais difícil: restaurar a vegetação da sub-bacia mais degradada, Posses. São 1,3 mil hectares, 109 propriedades. "É uma área bastante fragmentada e com menos de 10% da cobertura vegetal", diz o engenheiro agrônomo Aurélio Padovezi, da TNC.

A segunda fase do projeto, já iniciada, é na sub-bacia de Salto. Aqui, 13 proprietários já recebem dinheiro do projeto, perfazendo uma área de cerca de 550 hectares.

A lei estabelece pagamentos mensais aos produtores, que assinam um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Prefeitura. O pagamento é de 100 unidades fiscais (R$ 169) por hectare/ano e é baseado na área da propriedade. Cabe ao produtor abrir mão de atividades agrícolas em áreas de nascentes. E só. O projeto se encarrega de cercar as áreas, plantar mudas e monitorar. "O produtor não gasta nada. Só recebe", afirma Padovezi.

"No campo, a gente já ganha minoria (sic). Sem apoio, é difícil", diz Terezinha de Moraes Oliveira, de 56 anos. Ela e o marido, Benedito de Oliveira, 60, vivem das 30 cabeças de gado que dão até 50 litros de leite por dia. Tiram, em média, R$ 500 por mês. Por terem uma nascente na propriedade de 14 hectares, recebem de Extrema R$ 205. Quase metade da renda do casal.
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Tuesday, June 16, 2009

Integração Lavoura-Pecuária: pesquisa comprova melhor utilização do solo

http://www.agrosoft.org.br/agropag/210687.htm

De um lado a lavoura; do outro a pecuária. Ao centro, o objeto comum de ambas: o solo. Para diminuir a derrubada de florestas para que seja feita a expansão agropecuária, pesquisadores da Embrapa Cerrados, unidade localizada em Planaltina (DF), desenvolvem um trabalho com o objetivo de integrar as duas áreas de atuação.Segundo Robélio Leandro Marchão, pesquisador da Unidade e atuante no projeto Integração Lavoura-Pecuária: Uma proposta de produção sustentável para a Região do Cerrado e áreas de influência, essa proposta já é realidade no Brasil. "Isso se deve graças aos esforços da pesquisa, a perseverança e a dedicação dos nossos produtores, que sempre estão em busca de inovações", afirma.A Embrapa Cerrados acompanha os desdobramentos da ação no Oeste da Bahia. "Lá os produtores especializados em produção de grãos e fibras estão firmando parcerias com pecuaristas especializados em recria e terminação de animais, que estão sendo terminados semiconfinados nas pastagens implantadas em sistema de consórcio com milho", observa o pesquisador. "Além da intensificação do uso da terra, a ILP está trazendo grandes benefícios ao sistema de plantio direto, que é uma tecnologia imprescindível para a sustentabilidade dos solos arenosos do cerrado baiano."O tempo para a implantação tanto da lavoura quanto da pecuária em uma área obedecem o calendário agrícola, que coincide com o período chuvoso. Já as pastagens são implantadas na entressafra, que acontece, no Cerrado, na estação seca. "Assim é possível utilizar as áreas de lavoura para engorda e terminação de bovinos num período em que normalmente não estaria sendo conduzida nenhuma atividade na fazenda. As pastagens na ILP permanecem verde por praticamente todo o período seco, em uma época em que é comum encontrar pastagens completamente secas e com baixissimo valor nutritivo", diz Marchão.ECONOMIAO pesquisador afirma que o modelo traz benefícios econômicos. "O que vem acontecendo nos últimos anos é que a atividade pecuária sozinha não consegue pagar os investimentos necessários à manutenção das pastagens e os pecuaristas entraram em um ciclo vicioso de cada vez menores índices zootécnicos e maior o custo de renovação/recuperação das suas pastagens", analisa Marchão. "Se o produtor de grãos dedica parte do seu capital à pecuária, ele acaba aplicando o recurso em uma atividade de menor risco quando se compara a pecuária com a agricultura. Na safra passada, por exemplo, nós acompanhamos um caso de um produtor que fazia ILP e teve sua safra de grãos comprometida devido à falta de chuvas. Com a venda dos animais ele conseguiu pagar os insumos que foram adquiridos para a implantação da lavoura", complementa.Do ponto de vista do solo, a não variabilidade de aplicações a serem feitas traz uma perda na biomassa. "A causa [de uma área territorial improdutiva] está mais relacionada à degradação das pastagens que, devido ao manejo errado da própria pastagem (superpastejo) associado à ausência de reposição e manutenção da fertilidade do solo, leva a uma condição de baixíssima produtividade da pecuária", comenta. "Após a degradação da pastagem que tem como consequência uma baixa produção de biomassa e uma redução da cobertura do solo, ocorre também a degradação do solo (compactação, desagregação), que em condições extremas pode causar erosão, assoreamento e poluição dos cursos d'água".BENEFÍCIOS DA ILPRobélio Marchão aponta que há um sinergismo quando se unifica as duas atividades. Ele comenta que a pastagem, devido ao seu sistema radicular abundante e agressivo associada a produção de uma grande quantidade de biomassa, pode favorecer a qualidade física e biológica do solo e aumentar produtividade das culturas anuais subsequentes. "Na lavoura implantada logo após a pastagem, a melhoria da qualidade do solo permite ainda reduzir o uso de fertilizantes devido a uma maior eficiência de utilização destes pelas plantas. Da mesma forma há uma redução do uso de defensivos devido à menor incidência de pragas e doenças".Para a área estudada, a Embrapa Cerrados desenvolveu sistemas de consórcio entre culturas anuais e pastagens. "As culturas mais utilizadas no consórcio com gramíneas forrageiras são o milho, o sorgo e o arroz", explica o pesquisador. Por outro lado, a soja não possui ainda resultados consistentes. "Mas a Embrapa está trabalhando para desenvolver novas cultivares de forrageiras (pastagens) que sejam adaptadas ao consórcio com a soja. Novas linhas de pesquisa estão sendo trabalhadas graças ao advento da soja transgênica, que permite um maior controle do sistema utilizando herbicidas para controlar o crescimento do capim".DESAFIOS FUTUROSMarchão aponta que existe uma barreira a ser ultrapassada para o desenvolvimento da ILP. "A entrada de animais em áreas tradicionais de grãos exige uma estrutura física e logística que, muitas vezes, pode tornar inviável a integração. Para os agricultores, o alto custo dos animais, a falta de crédito e a ausência de abatedouros próximo à região são desafios que ainda necessitam ser superados. Para os pecuaristas, o alto custo do maquinário, a falta de assistência técnica e questões culturais ainda são barreiras à atividade de produção de grãos", observa.Para o futuro, além da tentativa de resolver alguns gargalos do sistema, está sendo estudada uma nova adição ao ILP. "A inclusão do componente florestal (integração lavoura-pecuária-floresta - ILPF) está sendo estudada e é uma aposta da Embrapa na busca da sustentabilidade da agropecuária brasileira", comenta.Apesar do trabalho ter sido desenvolvido na Embrapa Cerrados, ele foi realizado em rede com outras unidades da empresa, o que cria novas perspectivas de aplicabilidade. "Isso permite que os resultados sejam aplicados nos diferente biomas, desde que sejam respeitadas as características e especificidades de cada região", finaliza Marchão. FONTERede de Inovação e Prospecção Tecnológica para o AgronegócioMichel Lacombe - Jornalista
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Thursday, April 30, 2009

Governo do Japão fomenta agricultura de emergentes

Governo do Japão fomenta agricultura de emergentes
Estratégia: Governo quer garantir a segurança de abastecimento alimentar
Michiyo Nakamoto e Javier Blas, Financial Times, de Tóquio e Londres30/04/2009
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O governo do Japão prepara um plano para financiar investimentos na produção agrícola em países em desenvolvimento, dando mais um sinal do nervosismo entre os países importadores de commodities agrícolas com a segurança de abastecimento alimentar.
As autoridades buscam identificar regiões que poderiam beneficiar-se dos investimentos e assistência do Japão para elevar a produção de alimentos, segundo o Ministério de Agricultura do país.
Os investimentos são de natureza diferente dos da Coreia do Sul e Arábia Saudita, que investem em terras cultiváveis para exportar de volta as colheitas e alimentar sua própria população. Tóquio planeja que as colheitas sejam vendidas no mercado mundial, segundo fontes a par da política agrícola japonesa.
O diretor de negociações de política de comércio internacional do Ministério da Agricultura, Munemitsu Hirano, afirmou que o Japão poderia não receber a garantia de um fornecimento estável de alimentos como resultado de seus esforços de investimento. "Se a produção aumentar mundialmente isso ajudará o Japão a importar".
Tóquio apoia há muito tempo empreendimentos das empresas de comércio exterior na agricultura - sobretudo na produção de soja na América Latina, após assustar-se com a dependência em relação aos EUA na esteira do breve embargo aos grãos determinado pelo país em 1973. Itochu e Marubeni, duas das maiores traders japonesas, pretendem elevar a produção agrícola e assinaram acordos com a China para fornecer commodities aos chineses, como a soja. O Japão não considera investir na África, onde o alimento é escasso, mas na América Central e do Sul e no Leste Europeu.
Há "áreas de alto potencial que podem elevar as exportações de alimentos com alguma ajuda - áreas que possuem capacidade de produção, mas não têm sistema de distribuição ou infraestrutura ou tecnologia para melhorar a qualidade da colheita", disse Hirano.
Depois do último repique nos preços das commodities e das restrições comerciais que se seguiram, mais países passaram a buscar melhorar a segurança alimentar. A prática de financiar a produção no exterior para depois importá-la, conhecida como "tomada de terras", alarmou alguns diplomatas, especialmente porque alguns países almejam assegurar a provisão agrícola para atender suas próprias populações.
O Instituto Internacional de Pesquisa de Políticas Alimentares (IFPRI), órgão sustentado por vários governos, defenderá um "código de conduta" para regulamentar os investimentos em terras cultiváveis no exterior. Os atuais investimentos em terras cultiváveis, incluindo os pendentes de aprovação final, poderiam abranger algo entre 15 milhões e 20 milhões de hectares - mais do que o dobro da terra cultivada na Alemanha.