Wednesday, December 29, 2010

Javalis atacam plantações de milho em São Paulo

28/08/08 - 21h25 - Atualizado em 28/08/08 - 21h25

Fonte: http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL740871-10406,00-JAVALIS+ATACAM+PLANTACOES+DE+MILHO+EM+SAO+PAULO.html

No Vale do Paranapanema, divisa de São Paulo com o Paraná, espigas são comidas e plantações inteiras pisoteadas.

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Produtores rurais do interior de São Paulo estão contando os prejuízos na colheita do milho e a culpa não foi do clima.

Basta andar pelas lavouras e ver o estrago causado na produção. "Eu cheguei a contar 18, depois veio um bando atrás correndo", contou um homem.

No Vale do Paranapanema, divisa de São Paulo com o Paraná, os milharais são os alvos preferidos do ataque. Espigas comidas e plantações inteiras pisoteadas são cenas comuns.

Para diminuir o prejuízo, os fazendeiros tentam espantar o intruso. Os javalis são bichos ariscos e agressivos. Eles têm faro aguçado e detectam a presença de humanos de longe. Alguns podem pesar mais de 100 quilos e é à noite que eles atacam as lavouras.

Imagens mostram os animais vasculhando as roças de milho, principal fonte de alimentação deles. Na região, os produtores estimam que haja pelo menos 300 bichos soltos. "Cada ano que passa, o ataque vem aumentando", garante um homem.

Originário da Europa, Ásia e África, o javali foi levado para o Uruguai e Argentina e cruzado com porcos.

O ‘javaporco’, como ficou conhecido, não teve sucesso comercial e eles acabaram abandonados pelos criadores. Os animais passaram a fronteira do Rio Grande do Sul e agora estão migrando.

"Nós não temos grandes felinos aqui, então nós não temos predador natural", explica um homem.

O produtor rural Laurentino Assmann conta que já teve prejuízo. "Eu gastei de rojão mais de R$ 1 mil aqui, foram 60 noites: frio, chuva, eu andando de trator em volta dessa roça soltando rojão, senão tinha acabado com o meu milho".

Por causa dos ataques, os produtores rurais pediram ajuda ao Ministério Público para que o Ibama libere a caça do animal. Em Itápolis, outro município paulista que teve o mesmo problema, o abate foi autorizado.

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