Monday, September 13, 2010

Espécies exógenas invasoras nocivas: Impacto de cães (Canis familiaris) e gatos (Felis catus) errantes sobre a fauna silvestre

Prezados Senhores do IBAMA,

Estudos provam que cães e gatos soltos que também são animais exóticos, nocivos e invasores deveriam ser controlados, pois como mostram os estudos abaixo estes animais causam grande impacto na fauna local.

Qual a Instrução Normativa que regulamenta o controle destes animais?

Onde posso encontrar uma lista do IBAMA de animais nocivos, exógenos e invasores, e a forma de correta e legal de controlá-los?

Desde já agradeço a atenção,

Eng. Agr. Rafael Salerno


Impacto de cães (Canis familiaris) e gatos (Felis catus) errantes sobre a fauna silvestre em ambiente peri-urbano.

http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-20062005-162534/

http://www.rc.unesp.br/ib/ecologia/fenologia/pdf/Galetti&Sazima-port.pdf

http://www.biodiversityreporting.org/article.sub?docId=23728&c=Brazil&cRef=Brazil&year=2007&date=September%202006

http://www.icb.ufmg.br/big/beds/arquivos/loboguara.doc

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-81752008000200026

Matilha urbana mata animais silvestres e ameaça pessoas

O melhor amigo do homem virou o maior inimigo da fauna do Parque Nacional de Brasília. Raposas, veados e tatus são as principais vítimas da multiplicação desenfreada de cães ferais __ cachorros que perderam o comportamento domesticado e readquiriram a selvageria de seus ancestrais. Até presas maiores, como as antas, são caçadas pelas matilhas, que não temem nada. Nem o homem.
A administração calcula que a população de cães no parque seja de cerca de três mil cachorros. Isso inclui aqueles que vivem nos limites do parque e ainda aceitam a aproximação humana até os predadores totalmente selvagens, sem nenhum vestígio de comportamento doméstico, pois nasceram dentro do mato e nunca conviveram com o homem.
“O animal raramente escapa quando é cercado pela matilha”, explica o veterinário e biólogo Walfrido Tomás. No início de março, oito cães acuaram um fêmea de veado catinguero, a mataram e devoraram parte de seu traseiro, antes de serem enxotados por funcionários. No dia seguinte, mataram uma raposa. “No caso das raposas e tamanduás, os cachorros não matam para comer e acabam abondonando o bicho morto”, acrescenta Cristiane Horowitz, engenheira florestal.
A ameaça à fauna está se transformando também em perigo para as pessoas que freqüentam o parque. Para o agente florestal Paulo Delgado, o perigo de sofrer um ataque canino é diário. Ele conta que os cães não se intimidam e já chegaram a avançar no seu jipe de patrulha da área. Diante de uma matilha enfurecida, o agente só pode contar com sua espingarda. “Quando estão caçando, comendo ou com cria, eles atacam mesmo, e o jeito é matar”, afirma Paulo.
A adminstração admite não ter como controlar o fenômeno, que na verdade já é antigo. Há 10 anos, os ataques caninos já eram a maior causa de morte dos animais silvestres do parque. É das favelas e do lixão próximos ao parque que sai a maioria dos cachorros invasores da maior reserva ecológica do Distrito Federal, com 30 mil hectares. Entre as montanhas de lixo, eles são vistos às centenas e ninguém os ameaça.
A Gerência de Controle de Zoonoses da Secretaria de Saúde não tem como combater o problema no lixão. Os catadores de lixo reagem com violência a qualquer aproximação dos laçadores de animais, mantendo a carrocinha, e o Estado, à distância. O ex-chefe do Núcleo de Profilaxia, Klaus Paranayba, conta que não há estrutura para atender a toda a demanda de captura de cães e gatos na cidade, onde vivem 200 mil cachorros, com ou sem donos.
Sem donos e sem controle, os cães se multiplicam e aumentam as probabilidades de ataques e de passarem enfermidades aos animais silvestres e às pessoas. Além da raiva, os cachorros podem transmitir verminoses, leptospirose e serem portadores da leishmaniose visceral (calazar), doença degenerativa que destrói as vísceras e é transmitida por mosquitos e moscas sugadores do sangue de animais doentes.
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1 comment:

Chicco Salerno said...

Vc sabia que muitas cidades, inclusive Curitiba, não têm mais carrocinha? Então a bicharada fica solta, procriando feito coelhos, transmitindo doenças a dar com pau, matando outros anivmais...

Veja só a questão da raiva humana: voltamos a ter episódios dela aqui no Brasil... é só pesquisar na internet, ver os jornais...

Antigamente se dizia assim: ou o Brasil acaba com as saúvas ou elas acabam com o Brasil; hoje já sabemos que não dá para acabar com elas mas tem-se como gerenciá-las.

Depois, veio uma adaptação deste mesmo ditado: ou o Brasil acaba com os economistas ou eles acabam com o Brasil; hoje já aprendemos que muitas decisões tomam-se politicamente e não que não são puramente econômicas.

Acho que agora, uma nova adaptação, seria: ou o Brasil gerencia o IBAMA (via Congresso, etc) ou o IBAMA acaba com o Brasil!

Como dizem os gringos - É a Política estúpido... - que deve reger e dar direções e não números e sentimentos.