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 A técnica de plantio direto na palha empregada no bioma cerrado é uma  das principais responsáveis pelo aumento da produção de grãos em  diversos estados brasileiros. De acordo com o diretor honorário da  Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha (FEBRAPDP), Manoel  Henrique Pereira, o período de estiagem deixa o solo pobre, mas o  sistema permite a produção o ano inteiro e de forma sustentável, mesmo  sob condições de seca. O plantio direto melhora a produtividade das culturas porque tem como  base a incorporação de matéria orgânica ao solo, que retira gás  carbônico da atmosfera para nutrir as plantas e preservar a umidade. “No  cerrado, é quase inviável manter a lavoura sem esse sistema quando não  chove”, explica Manoel Pereira. Além disso, a semeadura é feita na palha da cultura anterior, sem a  necessidade de queima da área e de revolvimento do solo, reduzindo a  liberação do dióxido de carbono (CO2) e as erosões. O plantio direto  também é uma prática conservacionista, preservando a qualidade dos  recursos naturais como a água. A técnica recebe o incentivo do  Ministério da Agricultura por meio do programa Agricultura de Baixo  Carbono (ABC), lançado na safra 2010/2011 para diminuir a emissão de  gases de efeito estufa. De acordo com o chefe da Divisão de Agricultura Conservacionista do  ministério, Maurício Carvalho, o governo federal está estabelecendo  instrumentos para a adoção de sistemas sustentáveis de agricultura, como  o plantio direto na palha, integração lavoura-pecuária e a rotação de  culturas. “Temos uma proposta clara colocada para a sociedade e que  agora precisa de divulgação e de capacitação de técnicos, o que vai  melhorar a produtividade e a sustentabilidade do sistema agrícola como  um todo”, destaca. A estimativa é de que, em dez anos, a área atual com uso da técnica  de plantio direto seja ampliada em oito milhões de hectares, passando de  25 milhões para 33 milhões de hectares. Esse acréscimo vai permitir a  redução da emissão de 16 a 20 milhões de toneladas de CO2 equivalentes. O  programa ABC destina R$ 2 bilhões para as práticas agronômicas que  permitem compatibilizar aumento da produção e proteção ao meio ambiente.  (Leilane Alves)  | 
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