Thursday, January 20, 2011

Espécies invasoras: Cabras foram fuziladas em Galápagos para evitar exterminíno de espécies nativas

Precisamos agir rápido para que o mesmo não seja necessário com os javalis no Brasil

Video do abate de cabras em Galapagos:
http://www.youtube.com/watch?v=aZrFIcWzSEo&feature=related

Video do abate de javaporcos no Texas/USA:
http://www.youtube.com/watch?v=kLejlibClio&feature=related

Atenciosamente,
--
Eng. Agr. Rafael Salerno
Nova Safra Consultoria e Participações
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20/01/2011 - 10h04

Cabras foram fuziladas em Galápagos para evitar exterminíno de espécies nativas

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Entre 2004 e 2009, quase 100 mil cabras foram fuziladas em Galápagos. O número e o método de ação são chocantes, admitem os cientistas, mas o objetivo é evitar que as ilhas, cuja fauna inspirou Charles Darwin (1809-1892) a conceber a sua teoria da evolução, cheguem ao colapso ecológico.

"As cabras são extremamente eficazes em criar uma paisagem similar ao deserto, em razão de sua explosão demográfica e do vigor para se alimentarem. As tartarugas terrestres e outras espécies não eram páreo para elas", disse à Folha há dois anos Felipe Cruz, um dos diretores da Fundação Charles Darwin, quando o extermínio de cabras já se aproximava do fim no arquipélago.

Helicóptero despeja veneno para eliminar ratos em Galápagos

Deu certo: as cabras, que tinham se tornado selvagens, foram eliminadas em quase todas as ilhas pelos atiradores em solo e em helicópteros. O custo também ficou na casa dos milhões.

Ainda há um bocado de espécies causando problemas nas ilhas. Entre os mamíferos, porcos e gatos, por exemplo. Além disso, há 748 espécies de plantas introduzidas, inclusive amora e goiaba, em comparação a 500 espécies de plantas nativas.

Ao menos 490 espécies de insetos também foram introduzidas, como vespas e formigas. Esses animais ou plantas encontraram um ambiente com poucos predadores, onde puderam expandir a sua população até começar a ofuscar as espécies nativas.

Segundo Toni Darton, diretor do Galapagos Conservation Trust, quando Darwin esteve no arquipélago, em 1835, o número de animais como tartarugas e pinguins deveria ser muito maior.

De 14 espécies da tartaruga que existiam na época, restaram 11, e uma delas tem apenas um indivíduo, o "George solitário". Os cientistas estão tentando trazer companheiras para ele. Em 2008, ele chegou a namorar duas fêmeas (ao mesmo tempo), mas não deixou filhos.


20/01/2011 - 09h57

Helicóptero despeja veneno para eliminar ratos em Galápagos

DE SÃO PAULO

Espécies invasoras podem exigir medidas extremas: em Galápagos, para acabar com os ratos que ameaçam a fauna nativa local, o jeito foi gastar mais de R$ 1 milhão para alugar um helicóptero e despejar veneno sobre uma ilha.

Essa gigantesca desratização promovida pelos pesquisadores no arquipélago, que se localiza no oceano Pacífico, tem justificativa.

Cabras foram fuziladas em Galápagos para evitar exterminíno de espécies nativas

A população de ratos está crescendo de forma descontrolada, e a mania dos bichos de comer ovos de tartarugas e aves nativas de região está levando espécies típicas de Galápagos ao colapso.

Reprodução
Projeto de erradicação de ratos que infestam Galápagos gasta mais de R$ 1 milhão com despejo de veneno na ilha de Rábida
Projeto de erradicação de ratos que infestam Galápagos gasta mais de R$ 1 milhão com despejo de veneno na ilha de Rábida

Os pesquisadores vinculados à administração do Parque Nacional de Galápagos, situado a cerca de mil quilômetros da costa do Equador (o arquipélago é parte do país), garantem que a substância será terrível contra os ratos, só contra os ratos.

Não se trata de um veneno líquido: utiliza-se uma isca envenenada, parecida com um pequeno biscoito cilíndrico, que os ratos confundem com comida.

Apesar de atrativa para os ratos, o biscoitinho não desperta a atenção de outros animais, como leões-marinhos, vários tipos de aves e a famosa tartaruga de Galápagos.

Por enquanto, a desratização só foi utilizada em uma ilha, chamada Rábida. Ela é uma das menores do arquipélago, com apenas 710 hectares --pouco mais de quatro parques como o Ibirapuera.

Ela tem uma população imprecisa de ratos, mas que certamente pode ser contada aos milhares. Eles se escondem em tocas camufladas pelo solo rochoso da ilha vulcânica e dominaram todo o território da ilha.

Os cientistas ainda estão acompanhando os resultados da desratização. Nas próximas semanas, o monitoramento da população de ratos deve indicar se a operação funcionou. Se ela tiver sido um sucesso, a ideia é que seja expandida para outras ilhas --não é só Rábida que está infestada de ratos.

Vai ser bem mais complicado. Rábida pode até virar um bom modelo de desratização, mas ela é muito menor do que as outras ilhas. A maior delas, Isabela, tem 4.588 km2 --três vezes a cidade de São Paulo. Além disso, as ilhas maiores são habitadas. Isabela tem mais de 2.000 habitantes.

O alto custo acaba sendo, então, uma das principais dificuldades do projeto. Idealmente, os cientistas acham que ele poderia ser concluído em um ano em todo o arquipélago. Na prática, por questões financeiras, ele pode levar até duas décadas.

Não se sabe com grande precisão quando os ratos chegaram às ilhas. Eles foram levados pelos barcos que passaram a frequentar a região a partir do século 17, e provavelmente desembarcaram mais de uma vez.

As principais espécies de ratos invasores são o Rattus norvegicus e o Mus musculus domesticus --conhecidos localmente como "rato holandês" e "rato caseiro".

Galápagos tem um problema imenso com espécies invasoras. Apesar desse esforço todo para se livrar dos ratos, acredite, eles são apenas mais uma das espécies invasoras nocivas para o frágil ecossistema do arquipélago, junto com cabras, porcos e gatos selvagens.

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