Modelo desenvolvido no estado é exemplo a ser seguido em todo Brasil, mostra pesquisa.
Da Redação *
São  Paulo é o estado onde mais se restauram florestas tropicais e  subtropicais em larga escala no Brasil. Segundo o estudo “Instrumentos  legais podem contribuir para a restauração de florestas tropicais  biodiversas”, publicado este ano na Revista Árvore, os erros e acertos  nesse processo de consolidação da prática da restauração ecológica têm  proporcionado aprendizados que levaram à elaboração de uma resolução  estadual orientativa para essa prática.
O estudo, de autoria de  Pedro Henrique Brancalion e outros pesquisadores, aponta a iniciativa  como um mecanismo legítimo de política pública ambiental e de proteção  dos interesses coletivos da sociedade. Segundo eles, o objetivo central  da restauração florestal é o restabelecimento de florestas que sejam  capazes de se autoperpetuar, ou seja, florestas biologicamente viáveis e  que não dependam de intervenções humanas constantes.
No Brasil,  a pesquisa mostra que a limitação de conhecimentos específicos sobre a  restauração ecológica de florestas tropicais, a escassez de  profissionais capacitados e a intensa demanda por ações emergenciais de  restauração resultaram, nas últimas décadas, em iniciativas mal  sucedidas e de pouca efetividade.
Porém, mesmo que tais  iniciativas tenham trazido prejuízos econômicos e ecológicos, elas  também apontaram caminhos a serem seguidos, criando assim um amplo  debate científico em torno do tema. “Diversos encontros, reuniões e  simpósios ocorreram nos últimos 20 anos no Brasil, colocando em dúvida a  aplicação de vários conceitos sobre restauração florestal. Assim, em  SP, foi elaborada uma resolução estadual norteadora para a restauração  ecológica, alicerçada no conhecimento empírico e científico existente  até o momento sobre o tema no Brasil e no exterior”, explicam no artigo.
Como  impacto positivo da resolução (SMA - 8, de 7-3-2007), o estudo mostra  que a produção de mudas de espécies arbustivas e arbóreas nativas no  estado cresceu de 13 milhões para 33 milhões por ano, e o número médio  de espécies produzidas nos viveiros também aumentou de 30 para mais de  80.
“Esses resultados positivos tornaram a resolução um modelo  de instrumento legal a ser copiado por outros estados brasileiros, os  quais se amparam na experiência e histórico da prática de restauração  ecológica em SP para a formulação de suas próprias políticas públicas  estaduais sobre o tema, também buscando corrigir as deficiências já  observadas na restauração nos respectivos estados”, aponta a pesquisa.
Para ver o artigo na íntegra, clique aqui.
* Com informações da Agência Notisa
http://www.srb.org.br/modules/news/article.php?storyid=3661
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