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Edilene Borges
Além  de destruir lavouras, os javalis preocupam os órgãos ambientais e os  produtores por outro motivo: a possibilidade de contrair doenças,  contaminar os porcos criados para consumo humano, e com isso comprometer  o mercado internacional que importa carne suína produzida em MS,  causando grandes prejuízos para a economia do Estado. Esse foi um dos  assuntos também discutidos ontem (23) na Audiência Pública "Perdas  causadas pela proliferação desordenada de javalis em Mato Grosso do  Sul".   
   
“Essa  questão do javali vem nos preocupando principalmente em função das  questões relacionadas à saúde animal da suinocultura de Mato Grosso do  Sul, que hoje é volumosa e muito representativa nas questões econômicas e  sociais aqui do Estado. Muito se discute a possibilidade do javali  complicar o relacionamento do comércio internacional de carne suína”.  Esclareceu o diretor de Operação da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO), José Mario Pinese.   
   
Segundo  a técnica do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa),  Isabela Fiarlini de Azevedo, O javali é facilmente infectado, entre  outras doenças, pela doença Aujesky. “Em situações de stress eles pode  transmitir o vírus para outros animais”, explica. O javali pode ser  acometido também pela Peste Suína Africana e pela Síndrome Respiratória  Reprodutiva Suína (PRRS).    
   
Isabela  afirmou também que diversos países que importam carne suína do Brasil  seguem normas sanitárias muito rigorosas, podendo suspender a importação  por até seis meses, caso seja comprovado foco da Aujesky em MS.   
   
A doença de Aujesky está na lista da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), com notificação obrigatória.    
   
Mas  não são apenas os porcos que podem ser contaminados por doenças  transmitidas pelos javalis. A população também deve ficar atenta quanto  ao consumo da carne do animal, já que para os humanos o javali pode  transmitir doença como tuberculose e leptospirose, por exemplo.   
   
   
Prejuízo Ambiental    
   
O  presidente do Sindicato Rural de Rio Brilhante, Leonardo Mendonça  Thomaz, explicou que os javalis geram diversos problemas para o Estado.  “Além dos prejuízos nas plantações de milho safrinha, nos preocupamos  também com o prejuízo ambiental. Em alguns lugares não é possível mais  encontrar tatus e cotias, por que estes animais são comidos pelos  javalis”, relatou.   
   
O  Javali é uma espécie exótica, de hábitos noturnos e que vive em média  entre 15 e 20 anos. A reprodução acontece normalmente uma vez por ano e  cada fêmea pode gerar entre 12 e 15 filhotes por gestação. A espécie se  prolifera de forma descontrolada e é resistente a doenças. Cada javali  pode percorrer até 40 quilômetros em um único dia, o que também preocupa  as autoridades porque pode migrar rapidamente para outras aéreas.   
   
Fonte: http://www.deppaulocorrea.com.br/22222/0,0,00,6292-29478-JAVALIS+PODEM+SER+UMA+AMEACA+A+EXPORTACAO+DE+CARNE+SUINA+PRODUZIDA+EM+MS.htm
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