|                                       Carregando...                       O fósforo é um nutriente fundamental em várias culturas como a soja e  o milho, muito populares no Brasil. Sem o nutriente, estas culturas não  conseguem se desenvolver e a produtividade delas está diretamente  ligada à quantidade de fósforo presente no solo. Como as terras  brasileiras sempre foram muito pobres em fósforo, os agricultores se  acostumaram a aplicar grandes quantidades do nutriente a cada safra. Só  que, com o passar dos anos, as seguidas aplicações resultaram em um solo  corrigido e mais bem preparado e o que se recomenda hoje, nas regiões  ao Sul do País, é que os produtores façam análises de solo para saberem a  real necessidade das suas terras e perceberem que podem aplicar o  nutriente em uma quantidade muito menor do que a maioria pensa.     A empresa Conplant fez um estudo, encomendado pela Agrisus  (Fundação Agricultura Sustentável), para analisar o nível de fósforo em  diversos pontos do território nacional onde se cultiva milho e soja. As  amostras foram coletadas durante o Rally da Safra 2009, em 1.171 locais  das cinco regiões do Brasil, em duas profundidades diferentes, de zero a  cinco centímetros e de cinco a dez centímetros. Os pesquisadores  chegaram à conclusão de que nos Estados do Sul (Rio Grande do Sul, Santa  Catarina e Paraná) e no Sul do Estado de São Paulo, os níveis de  fósforo já são suficientes, por conta do acúmulo de aplicações ao longo  dos anos, e que portanto os agricultores destas regiões poderiam  diminuir o fósforo aplicado a cada safra em mais de 50%.  — Depois de alguns anos de plantio esse fósforo se acumula no solo de  modo que não é mais necessário se aplicar tanto quanto se aplicava  anteriormente. Uma proposta que a Agrisus está levantando é que, em vez  de se aplicar 60 ou 80 quilos de fósforo todo ano como o agricultor faz,  como uma forma de garantia de que o solo estará suficientemente  adubado, o melhor seria testar. Quando você já tem alto teor de fósforo  no solo pode usar doses menores de 30 quilos, isso reduz bastante o  custo da adubação e também preserva o fósforo para ser usado mais a  longo prazo, porque o fósforo é um elemento limitado na natureza. Por  isso, é importante fazer a análise de solo porque ela é a garantia do  uso correto da tecnologia — explica Ondino Cleante Bataglia, pesquisador  aposentado do IAC e sócio da empresa Conplant.   Com as análises de solo, os agricultores passam a conhecer melhor a  sua terra e entender qual é a necessidade dela. No Sul, muitos vão  descobrir que estão desperdiçando fósforo e que podem ter uma economia  significativa de dinheiro, que pode ser investido em outras melhorias de  plantio. A fosfatagem, que é a aplicação de fósforo a lanço, como se  faz com calcário, já foi muito usada no Cerrado brasileiro, mas é uma  técnica muito cara e, às vezes, desnecessária. Com a análise de solo, o  produtor pode economizar dinheiro e mão-de-obra. Bataglia explica que,  na análise de solo, o fósforo é determinado por uma unidade chamada  miligrama de fósforo por decímetro cúbico (mg/dc³). Acima de 40 mg/dc³  já é um teor considerado alto e, neste caso, a adubação pode ser  reduzida para 30 quilos de fósforo por hectare, enquanto que em um teor  baixo o produtor pode usar até 100 quilos por hectare.                               |                                   |                            "Fósforo pode ser              aplicado em quanti-              dade menor do que              maioria pensa"                          Ondino Cleante Bataglia,              do IAC  |    | 
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