Wednesday, October 31, 2012

Manejo de Fauna e Capivaras: Febre maculosa está em expansão no Estado de São Paulo


Por ser uma doença de dificil diagnóstico com certeza há muitos outros casos não registrados, muitos deles fatais...já passou da hora de enfrentarmos este problema e regulamentar o manejo racional e sustentável desta espécie.

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Eng. Agr. Rafael Salerno
Coordenador GT Javali
Nova Safra Consultoria e Participações

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FONTE  http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/estado/2012/10/31/febre-maculosa-esta-em-expansao-no-estado.htm

31/10/201210h42

Febre maculosa está em expansão no Estado de São Paulo
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Agência Estado

A febre maculosa está reemergindo na área rural de São Paulo. Transmitida pela saliva do carrapato, a doença atingiu neste ano 40 pessoas. “Nitidamente, ela está em expansão no Estado”, constata o coordenador de controle de doenças da Secretaria da Saúde, Marcos Boulos.

O estudo Saúde Brasil 2011, do Ministério da Saúde, mostra que São Paulo concentra 70% de todos casos registrados no país entre 2007 e 2011. Em 2010, foram 57 casos no Estado. No ano passado, 73. Nesse período, a letalidade passou de 37% para 53%. “O diagnóstico tem de ser feito rapidamente. Mas muitas vezes o médico demora a suspeitar de febre maculosa”, diz Boulos. Quando a doença evolui para a forma grave, o tratamento fica difícil.

Os surtos registrados no Estado ocorrem na população do campo, geralmente entre aqueles que têm contato com capivaras, cavalos e, mais raramente, cães e gatos portadores de carrapatos infectados. Para Boulos, o aumento do número de casos pode estar relacionado à expansão da população de capivaras. “É preciso discutir como esse fenômeno pode ser revertido. Há uma questão ambiental, mas estamos falando de saúde pública”, completa.

O aumento da letalidade da febre maculosa é registrado em todo o país. Em 2011, a taxa nacional foi de 38%. O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, afirma que a variação não é algo marcante. “Temos de olhar os números com cuidado. Como o universo de pacientes com a doença é pequeno, qualquer alteração provoca uma diferença porcentual significativa”, diz. O secretário atribui o aumento, também, à melhora da investigação das causas de morte.

Mesmo com essas ressalvas, Boulos e Barbosa avaliam ser necessário aumentar a rapidez no diagnóstico. Os primeiros sintomas geralmente aparecem uma semana após a picada do carrapato contaminado. O quadro é parecido com o de outras doenças, o que dificulta a identificação: dor no corpo, febre, falta de apetite. A diferença são manchas avermelhadas em todo corpo, num segundo estágio, seguidas por problemas renais, neurológicos e hemorragias.

“Médicos devem perguntar se o paciente esteve em áreas rurais, em contato com carrapatos ou animais como cavalos e capivaras”, afirma Barbosa. Pessoas que vão para o campo ou têm contato com animais devem relatar o fato para médicos.
Hantavirose

O Saúde Brasil 2011 destaca aumento de letalidade por hantavirose no país. A taxa nacional de 2011 foi a maior registrada desde 2000: 53% dos pacientes morreram. Barbosa afirma que esse aumento é associado aos mesmos fatores: diagnóstico tardio, melhora na identificação das causas de óbito e um universo relativamente pequeno de casos, o que leva a porcentuais elevados de variação.

“Assim como a febre maculosa, os sintomas da hantavirose são parecidos com os de outras infecções, daí a necessidade de o médico estar atento”, afirma Barbosa. “São duas doenças graves, cujo desfecho está intimamente ligado ao diagnóstico precoce.”
Entre 2000 e 2011, foram confirmados 1.440 casos da hantavirose em todo o país. Mato Grosso registrou o maior número de casos: 240, o equivalente a 16,6% do total.
A doença é transmitida por roedores silvestres e provoca uma síndrome pulmonar. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.